sexta-feira, dezembro 31, 2021

Citação em final de ano



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Último dia de 2021.

 

Tanto ficou por fazer.

Tanto que ficou por ler.

 

“Esquecemo-nos infinitamente mais do mal que causamos do que daquele que nos é infligido, esquecemo-nos do que dizemos e fazemos e escrevemos, raras vezes do que ouvimos e lemos e sofremos.”

 

[Extraído de Tomás Nevinson, último romance de Javier Marías. Edição da Alfaguara, dezembro de 2021]

 

quinta-feira, dezembro 30, 2021

Neemias... um King


 

 

 

 

 

Aprendeu a jogar no meu Barreirense.

Aí cresceu, também como Homem.

Do College em Utah para a mágica NBA.

Ainda jovem, denota maturidade, ambição, convicção.

Espera triunfar. 

Acredito que vai vencer.

Boa sorte... Neemias!

 

segunda-feira, dezembro 27, 2021

30 anos




 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi a 27 de dezembro de 1991 que o Serviço de Pediatria do Hospital Garcia iniciou a sua atividade assistencial.

Uma equipa médica jovem e ambiciosa, dirigida pelo Professor Torrado da Silva e composta por pediatras oriundos dos quatro cantos de Portugal continental (Braga, Porto, Coimbra, Guarda, Lisboa, Beja e Faro) meteu mãos à obra numa epopeia de sucesso.

Foram 30 anos ao serviço da Criança e do Adolescente.

Participei nesse processo fundador. Com Torrado da Silva, Ana Jorge e mais uma dezena de jovens pediatras – sem esquecer uma plêiade de enfermeiros e outros colaboradores de imensa qualidade e determinação.

Tenho felicidade e orgulho pelo percurso desenvolvido.

 

Em 23 de setembro de 2008, escassos três dias após a criação deste blog dediquei as seguintes palavras a Torrado da Silva, que hoje recordo com idêntica emoção e sentimento de justiça:

“Ajudámo-lo no nascimento e no crescimento do Serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta - Almada.
E com ele
grande Mestre aprendemos muito...
A conhecer a Criança.
A amar a Criança.
A servir a Criança.
Nos primeiros passos desta nova aventura não poderia esquecê-lo.
Tinha de o trazer para perto de mim
para perto de nós.
Partiu cedo
inapelavelmente cedo.
Mas está todos os dias connosco.
Obrigado Professor Torrado.”

 

domingo, dezembro 26, 2021

Futura - Rádio de Autor








 

Em tempos foi a VOXX. Depois, a XFM. Mais tarde a RADAR.

Três magníficos conceitos de rádio, com radialistas de eleição.

A perda de fulgor da RADAR vem sendo óbvia desde a saída de algum dos seus principais mentores.

Mas – sejamos justos – ela permanece ainda hoje uma rádio de qualidade, que diariamente continuo a acompanhar e cuja audição online me permite ter sempre junto de mim.

Mas Pedro Ramos, Inês Meneses e outr@s mais, deixaram a minha rádio órfã.

 

Estou nos últimos dias – logo após ter conhecido a sua existência – a tatear, a conhecer um novo e fascinante projeto: a Futura - Rádio de Autor.

 

Fundada por Pedro Ramos, integra na equipa, entre outros, nomes como Inês Meneses, Joana Bernardo, Duarte Pinto Coelho, Benjamin, Sónia Balacó, Rui Pedro Tendinha e Catarina Wallenstein.

Emite desde 12 de novembro em online – www.radiofutura.pt 

Está também agora disponível na App da Futura.

 

Os primeiros sinais? Excelentes!

Parabéns, Felicidades e Obrigado!

 

sábado, dezembro 25, 2021

Clarificar?


 

 

 

 

 

 

Parece claro e óbvio: nas próximas eleições legislativas, previstas para 30 de janeiro próximo, apenas um de dois partidos políticos está em condições de vir a ser o mais votado.

Com efeito, o PS – hipótese que ainda me parece a mais provável – ou o PSD alcançarão o primeiro lugar em número de votos e também de mandatos parlamentares. 

 

Alguns dos comentadores/ analistas políticos que acompanho com regularidade através dos jornais, rádios e televisões portugueses, vêm chamando a atenção para a necessidade de os líderes desses dois partidos do espetro político central clarificarem, ao longo da próxima campanha eleitoral, a política de alianças que terão necessariamente de promover, no caso de não virem a alcançar uma maioria absoluta – a meu ver improvável e, acrescento com menos convicção, indesejável.

 

Para que todo e cada eleitor tenha a possibilidade de obter um voto mais esclarecido, creio que tal clarificação deverá ser efetivamente concretizada. 

Promessas vãs, mais tarde desvirtuadas ou esquecidas, fazem parte da nossa tradição eleitoral.

Voto útil sempre houve, e continuará a haver. 

Mas será importante saber – e estou claramente a pensar na minha próxima opção eleitoral – se o PS, caso seja vencedor mas minoritário, procurará novos entendimentos à sua esquerda – opção que o período posterior a 2019 se revelou muito complexa,  e de que a reprovação da proposta do Orçamento de Estado (OE) para 2021 foi a tradução mais recente – ou aceitará a disponibilidade de Rui Rio para “deixar passar” os dois primeiros OE da próxima legislatura, e desta forma concretizar um plano de ação mais consentâneo com a sua matriz ideológica social-democrata/ socialista liberal, sem ficar enredado na malha de exigências habitualmente tecidas pelo BE e pelo PCP.

E será igualmente determinante para o voto de muitos portugueses – não me incluindo eu nesse grupo – saber antecipadamente se o PSD, caso seja vencedor minoritário, mas com uma maioria parlamentar de direita, aceitará / promoverá algo de semelhante ao ocorrido aquando das últimas eleições regionais dos Açores. 

 

Discursos sinuosos, declarações de intenções retóricas e nebulosas, não serão bem-vindas nas semanas que se aproximam, e que marcarão uma luta eleitoral acesa, mas espero que com decência democrática e particularmente clarificadora, num momento importante e uma vez mais decisivo para Portugal, num contexto internacional marcado por tantas ameaças e incertezas.

 

Bom dia de Natal!

 

sexta-feira, dezembro 24, 2021

Recomeçar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Olá a tod@s,

 

Pois é! 

Passaram mais de onze anos... 

Foi em setembro de 2010 que interrompi esta partilha com uns quantos – certamente poucos – que desde 2008 e até então, me foram acompanhando, com mais ou menos interesse, maior ou menor regularidade. 

Este momento, que corresponde ao recomeço do ETERNO RETORNO, foi sucessivamente adiado, após muitas dúvidas, várias hesitações, alguns impulsos e iguais retrocessos. 

 

Ontem, já a noite avançava, li o texto semanal de Sérgio Sousa Pinto (SSP) no Expresso, desta feita batizado "Não é a ideologia, estúpido". 

Logo nas palavras iniciais, e reproduzo parcialmente o autor: "Há 40 anos, Vítor Constâncio escreveu um importante texto intitulado 'O futuro do socialismo´, hoje caído no esquecimento. Lembro-me dele porque teve influência na minha decisão de aderir ao PS, vindo da esquerda como eu vinha." [fim de citação]  

 

O conteúdo da "coluna", que considero muito importante, e a propósito do qual penso voltar oportunamente, merece uma leitura atenta, uma atenção particular, uma reflexão crítica.

 

Escreve SSP mais adiante: "Quando se fala de ideologia – e só se fala de ideologia e de desvios de direita  – é para intimidar e calar, e para iludir com impunidade os grandes impasses nacionais, e esconjurar os que no partido da Liberdade, exigem reformas e resultados, economia e crescimento, prosperidade e autonomia, verdadeira justiça social financiada pela riqueza nacional, e não pela depauperada classe média, que já não tem nada com que financiar a redistribuição de migalhas." [fim de citação]

 

Identificado desde há muito com os valores da democracia liberal e socialista, mas sem qualquer vínculo partidário formal, partilho o essencial da reflexão exposta por SSP. E, como ele, penso que "O PS vitorioso [em 30 de janeiro próximo, data por mim aqui expressa apenas pelo seu valor simbólico, correspondente ao dia aprazado para as próximas eleições legislativas] será o PS da credibilidade reformista, determinado a transformar e modernizar um país que alguns socialistas, afinal conservadores, aspiram apenas a gerir." [fim de citação] 

 

Sérgio Sousa Pinto, Francisco Assis e Pedro Adão e Silva – para apenas citar alguns, mais mediáticos e em minha opinião ideologicamente mais consistentes – não são os “conservadores”, os “moderados”, a “direita”, do PS. São os reformistas do PS, e como tal o futuro do PS enquanto partido da modernidade e da transformação de um Portugal paralisado e empobrecido, anémico e deprimido. Por isso sentaram-se na última legislatura na fila derradeira da bancada parlamentar socialista, ou não foram agora integrados nas listas candidatas às legislativas, ou interromperam mesmo há algum tempo a sua militância partidária.

 

P.S. (aqui de post scriptum): a paixão pela música continua muito presente no fluir e no significado dos meus dias. A sugestão de hoje é para uma composição de Tim Bernardes (18 de junho de 1991, São Paulo - Brasil), homónima do seu álbum “Recomeçar”, publicado em 2017 e acessível em https://www.youtube.com/watch?v=CDFwME3nWl8