quinta-feira, dezembro 31, 2009

O fim



Tudo tem um princípio. E um fim.
Hoje é o derradeiro dia de 2009.
E o último suspiro do ETERNO RETORNO.

Talvez volte um dia.
Noutro formato.
Com outra concepção.
E outros objectivos.

Um último agradecimento aqueles que me acompanharam.

Feliz Ano Novo,
Paulo Calhau

sexta-feira, novembro 20, 2009

Prémio


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Não conheço a concorrência. Mas ser o escolhido entre 241 candidatos de 27 países diz tudo.
Desde o número um que o jovem i - superiormente dirigido por Martim Avillez Figueiredo - não pára de me surpreender. Por isso lhe tenho sido fiel.
O European Newspaper Award vale.
Parabéns!
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terça-feira, novembro 17, 2009

Atena


"Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho"
William Shakespeare
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segunda-feira, novembro 16, 2009

Antecipação científica?



De leitura simples, agradável, divertida, bem humorada e inteligente.
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Falo do último livro
de Mário Zambujal
"Uma noite não são dias".
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Um breve excerto
que talvez vos estimule
o apetite:



"[...] Grace dirige-se ao receptáculo do correio. Não é diligência obsoleta, voltou o costume das cartas. A razão do recuo é o avanço das técnicas. Tudo quanto é telefone corre o risco de ser escutado por ouvidos intrusos. A tecnologia de audições coscuvilheiras, restrita às polícias no princípio do século, entrou depois no grande bazar da net e adquire-se a preços de pechincha na Praça de Espanha e no Martim Moniz. Qualquer bicho metediço põe a orelha nas conversas dos outros. O mesmo acontece com os ultra-sensíveis microdireccionais que permitem ouvir, de uma carrinha estacionada no quarteirão, o que se diz em casa de cada um. As próprias mensagens electrónicas são devassadas por intrometidos sem cara e sem nome. E não é raro que os homens de negócios, sentados à mesa do almoço, dialoguem trocando bilhetinhos."
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in "Uma noite não são dias. Intriga e paixões no esquisito ano de 2044"
Mário Zambujal
Edições Planeta
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sábado, novembro 14, 2009

Desta vez... gostei

Grande entrevista de Maria Filomena Mónica a Mário Crespo. Na SIC-N. Quarta-feira, 11.
A partir da biografia de Fontes Pereira de Melo, um belo olhar pela história moderna e contemporânea de Portugal.
Na véspera estive com o livro em mãos. Optei pela compra de Francisco Louçã - Biografia. Bem arrependido estou...

domingo, novembro 08, 2009

Juntos para vencer


Enquanto a página das Comemorações do Centenário do Futebol Clube Barreirense (FCB) não estiver disponível no ciberespaço, os leitores de ROSTOS poderão contactar a Comissão Executiva através do meu e-mail, indicado no final deste texto.
Desde o primeiro momento em que foi divulgada a constituição da Comissão Executiva, têm-nos sido dirigidas diversas mensagens de apoio e encorajamento. E temos recebido múltiplas disponibilidades de colaboração, facto que nos deixou profundamente optimistas e fortalecidos na vontade de, com os demais Barreirenses, prosseguir esta estimulante e honrosa missão.
Não importa, para já, nomear as personalidades que vieram até nós – Comissão Executiva – e se prontificaram a dizer presente. Interessa sobretudo, neste momento, realçar a simpatia e o interesse que muitos vêm revelando a propósito do Centenário do FCB.

Em 2005, no Jornal do Barreiro, e mais tarde no meu livro PROVA DeVIDA – Estórias e memórias do meu Barreirense, escrevi:
"Temos orgulho da nossa obra, do contributo para a formação cívica e desportiva de sucessivas gerações de cidadãos, de todos eles, dos que sempre permaneceram entre nós e daqueles que optaram pela diáspora.
[…] É verdade que o conhecimento do nosso curriculum vitae é fundamental para se compreender a nossa Matriz e a forma serena, estóica e consequente como fomos forjando a nossa Identidade. O livro 70 Anos de Vida do Futebol Clube Barreirense, de José Rosa Figueiredo, os espólios de Alfredo Zarcos (doado por seu filho à Câmara Municipal do Barreiro) e de Carlos Silva Pais (regularmente divulgado nas páginas do Jornal do Barreiro), são alguns exemplos de fontes que considero fundamentais para o aprofundamento desse conhecimento. Mas está ainda por fazer a História do FCB. A narração de todas as suas modalidades, dos seus mais ilustres protagonistas, dos momentos de glória e dos períodos de ocaso. A análise fria, rigorosa e científica, que apenas os académicos estão apetrechados para concretizar. Um tema para Tese de Mestrado, porque não?
Ao aproximar-se de forma célere do seu centenário, o FCB debate-se com dificuldades financeiras, limitações estruturais, dúvidas existenciais e divisões internas, que podem tolher o futuro, próximo e distante, e comprometer o seu crescimento e desenvolvimento. Todos não seremos demais para prosseguir o nosso belo destino colectivo.
Sabemos quantos somos [Novembro de 2006]: 5.018 associados. Sabemos também que 1.452 (29%) são menores de 18 anos, que apenas 755 (15%) são mulheres e que escassos 410 (8%) residem fora do Concelho do Barreiro.
Mas pergunto:
- quem são os Barreirenses?
- como vêm o FCB?
- o que querem os Barreirenses?
- como projectam o FCB do século XXI?
E interrogo-me ainda:
- quantos são estudantes?
- quantos são trabalhadores no activo e em que actividades profissionais?
- quantos são os aposentados e reformados?
- qual a sua ligação, passada ou presente, ao clube?
- qual o seu grau de instrução?
- qual a sua condição económica?
- quais os seus hobbies predilectos?
- que outra(s) simpatia(s) clubista(s)?
Este estudo do nosso clube, demográfico e sociológico, aqui muito sumariamente esboçado, mas que considero necessário e inadiável, deverá constituir uma ferramenta imprescindível para a definição e a clarificação da nossa Identidade, a forma mais rigorosa e científica de conhecermos o sentir e o pulsar daquilo que é a principal riqueza e património do FCB, a massa associativa".

A verdade é que a consulta e a análise da base de dados dos sócios do FCB revela vulnerabilidades que importa conhecer e ultrapassar.
Na impossibilidade de antecipar todos quantos estão disponíveis para se juntar a nós, é importante que se perceba e se divulgue que, como aqui referi no passado domingo, as portas estão abertas para todos os Barreirenses.
Pela nossa parte, nada justificará que aqueles que estão predispostos a colaborar nas Comemorações do Centenário do FCB não dêem o primeiro passo e se inibam de transmitir essa vontade de forma espontânea.
Todos os contributos serão desejáveis e bem-vindos. Todas as ideias, todas as sugestões merecerão a nossa apreciação.
Saudações Barreirenses.

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[Publicado em www.rostos.pt Coluna TRIBUNA DO CENTENÁRIO]
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quinta-feira, novembro 05, 2009

Vacina H1N1 - uma perspectiva


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Na edição de ontem do The New England Journal of Medicine - provavelmente a melhor publicação médica mundial - Alexandra M. Stewart, da George Washington University Medical Center and George Washington University School of Public Health and Health Services, Washington, DC., desenvolve no texto "Mandatory Vaccination of Health Care Workers", de forma muito oportuna e interessante, a propósito da vacinação contra o vírus H1N1, a aparente dicotomia liberdade individual vs interesse público.
Num momento em que venho constatando tanta ignorância, demagogia e irresponsabilidade na abordagem desta temática, recomendo a sua leitura, também acessível em http://content.nejm.org/cgi/content/full/NEJMp0910151
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domingo, novembro 01, 2009

De porta aberta



A equipa que me vai acompanhar na Comissão Executiva das Comemorações do Centenário do Futebol Clube Barreirense (FCB) – e que aqui revelei no passado domingo – tem um vasto conjunto de ideias programáticas para estudar, seleccionar e implementar.
Mas a Comissão Executiva também sabe que tem uma multiplicidade de desafios e dificuldades que pretende afrontar com todo o empenho, inteligência, criatividade, equilíbrio e bom senso.
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Uma das questões que a Comissão Executiva abordou na passada quinta-feira, na sua primeira reunião, e que entende fulcral e decisiva para o pretendido e expectável sucesso das Comemorações do Centenário, prende-se com o nível de participação dos Barreirenses que virá a ser alcançado.
Participação na formulação de propostas, de ideias e de sugestões. E na integração dos diversos grupos de trabalho que serão brevemente definidos por cada um das áreas sectoriais definidas na estrutura orgânica da Comissão Executiva.
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As Comemorações do Centenário do FCB – que decorrerão entre as 0 horas de 12 de Abril de 2010 e as 24 horas de 11 de Abril de 2011 – deverão constituir-se como um grande momento de participação, de reencontro e de unidade entre todos os Barreirenses.
Será um tempo para evocar a História do clube. Para enaltecer a sua importância para o desporto – no Barreiro em Portugal. E para projectar o Futebol Clube Barreirense do século XXI.
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Estamos conscientes das contrariedades que encontraremos para mobilizar todos os Barreirenses.
Sabemos que muitos associados se foram afastando do contacto regular com o clube, mas não diminuíram a sua ligação afectiva para com ele.
Lamentamos a desfiliação de todos os que, em algum momento, e por razões que não importa aqui nem agora analisar, perderam uma anterior vinculação identitária com o FCB.
Reconhecemos que não somos hoje um clube com a desejável e necessária implantação em vários sectores da Comunidade Barreirense. A juventude, a intelectualidade e o mundo empresarial são apenas alguns exemplos ilustrativos e demonstrativos desta realidade.
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Há então – não o podemos ignorar – muito caminho por percorrer, obstáculos por ultrapassar, desânimos por demover, desistências por inverter, incompreensões por clarificar, agravos por resolver.
No contexto actual da nossa vida associativa – tão difícil e acossado – a Comissão Executiva das Comemorações do Centenário não se poupará a esforços para promover o reencontro dos Barreirenses com o seu clube. E tudo fará para ajudar os actuais Corpos Sociais na revitalização – quiçá refundação – do Futebol Clube Barreirense.
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O desafio está lançado. E o convite formulado.
Os Barreirenses estão desde já convocados. A aderir, a colaborar, a participar.
As portas estão abertas. Para todos.
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[Publicado em www.rostos.pt Coluna TRIBUNA DO CENTENÁRIO]
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Espero bem que sim


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"O PÚBLICO inicia hoje uma nova etapa da sua história. Quase 20 anos depois do primeiro dia, uma nova direcção, um novo começo. Um tempo mais difícil, também.Há 20 anos, tivemos a ousadia de em Portugal seguir os paradigmas da grande imprensa europeia e conseguimos ser hoje uma referência sem paralelo na imprensa diária portuguesa.
Os ideais originais estão vivos - qualidade e rigor, distanciamento, independência e integridade. Olhamos para o jornalismo como parte nuclear da democracia e da liberdade e vamos exercê-las informando, questionando e investigando. Podemos escolher as palavras justas em nome da convicção com que as sustentamos - convicção num jornalismo forte, profundo e livre. Isso é fácil. A confiança no jornalismo, no entanto, já viveu melhores dias.
O fundador deste jornal, Vicente Jorge Silva, disse num texto recente que a credibilidade da imprensa de referência ficou seriamente afectada pelos incidentes que rodearam a última campanha para as legislativas. Um balanço duro, mas uma conclusão lúcida.
Não temos nada a acrescentar a uma polémica sobre a qual tudo está dito e da qual não ficaremos reféns. A razão de estarmos aqui hoje é anterior a tudo isso. Mas não escamoteamos o facto de ser nossa primeira obrigação repor essa credibilidade ameaçada, conscientes que estamos da percepção pública de um excesso de peso ideológico no jornal. Acreditamos num jornalismo culto e responsável, que desafia o sensacionalismo ese foi tornando as agendas informativas cada vez mais estreitas."
[excerto do editorial de hoje do PÚBLICO "Um novo começo"]
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Bárbara Reis asumiu hoje a direcção do diário que me habituei a acompanhar quase diariamente, desde a sua já longa fundação.
A minha relação com o PÚBLICO foi esmorecendo nos últimos tempos.
Não apenas pelo episódio das escutas. Mas porque uma evidente quebra na qualidade me fez procurar outras fontes jornalísticas, outros prazeres de leitura.
Não sei o que vai mudar. Mas sei que é preciso mudar!
Vou estar atento...
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Uma perda mais


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Nem sempre acompanhei com regularidade e intensidade os seus programas de autor.
Mas nos últimos tempos, a sua voz esteve comigo muitas noites. A partir das 23 horas.
Na RADAR. No seu Viriato 25.
Faleceu ontem. Aos 59 anos.
António Sérgio. Um grande radialista.
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Horas rubras



Horas Rubras

Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...

Oiço olaias em flor às gargalhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas...

Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...

Sou chama e neve e branca e mist'riosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

Florbela Espanca
in "Livro de Sóror Saudade"
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quinta-feira, outubro 29, 2009

Vamos ser fortes

A morte do jovem Adriano Aragão - que muito lamento - tem sido lamentavelmente acompanhada por parte da Comunicação Social.
Como hoje percepcionei, logo pela manhã, na Antena 1 da RDP.
Já tinha previsto este tipo de comportamento em conversas com amigos e profissionais da saúde, desde que a problemática da Gripe A veio para a ribalta.
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A avaliar pelas declarações públicas que acabo de ouvir, oportunamente proferidas pela Ministra da Saúde Dra. Ana Jorge, parece desde já clarificada a causa da morte do jovem Adriano - uma cardiomiopatia congénita, ontem agravada e inapelavelmente descompensada pela infecção pelo vírus H1N1.
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Sabemos - profissionais da saúde - que se avizinham tempos difíceis.
De enorme afluência às urgências - nos Centros de Saúde e nos Hospitais.
De eventual sobrelotação de camas hospitalares - acredito que não chegaremos a tal grau de rotura.
De uma carga de trabalho que nos deixará exaustos - e como tal, menos resilientes e mais predispostos ao erro.
De uma pressão que nos poderá fragilizar perante a opinião pública - facto que não será novidade para quase todos.

Se a Comunicação Social - sedenta de audiências, de shares e de vendas - persistir numa atitude de superficialidade e alarmismo, de abertura à maledicência e à crucificação absurda e apressada - e, como hoje se viu injusta e brutal - de profissionais competentes e dedicados, teremos o caminho aberto para um enorme desconforto, frustração, direi mesmo pesadelo, de todos quantos escolheram uma profissão muito bela, realmente difícil, singularmente humanista e... obviamente indispensável.
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Estou pessimista neste particular? Sim.
Mas empenhado, com os meus colegas, em "dar o corpo às balas". E prosseguir uma luta, por vezes desigual, onde os ignorantes, os hipócritas e os mesquinhos terão de ser responsabilizados e banidos.
Mas a paciência tem limites...
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Um justo prémio



O Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, integrado no Serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta, acaba de obter mais um elevado e gratificante reconhecimento público, ao receber o 1º Prémio de "Boas Práticas em Saúde", com o Projecto "Doença Crónica na Criança – Reorganizar para promover a equidade, a efectividade e a eficiência – A experiência do Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva – Hospital Garcia da Orta, E.P.E".
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A 3ª edição do "Prémio de Boas Práticas em Saúde", organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar e a Administração Central do Sistema de Saúde, em parceria com a Direcção Geral da Saúde, com o Alto Comissariado da Saúde e com as Administrações Regionais de Saúde, contou este ano com a participação de 93 projectos realizados por diversas instituições ou unidades de saúde, exaustivamente analisadas num complexo, moroso e exigente processo de selecção e classificação.
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Segundo foi definido pelos organizadores deste concurso, pretende-se "suscitar o desenvolvimento de acções de mudança, agregando as oportunidades mais favoráveis, a fim de poderem constituir-se em casos de excelência, ilustrando Boas Práticas a generalizar à posteriori. Trata-se de divulgar aquilo que se faz bem, na expectativa de que o conhecimento obtido com essa divulgação sirva para que iniciativas semelhantes sejam desenvolvidas por outras entidades, obtendo-se mais-valias a partir dessa disseminação".
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À Dra. Maria José Fonseca - incansável lutadora pelos Direitos da Criança e brilhante Pediatra e Neuropediatra - renovo o endereço de parabéns, extensivos à sua extraordinária equipa de colaboradores.
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quarta-feira, outubro 28, 2009

Que eficácia?


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Li na edição electrónica do diário francês LIBÉRATION que Jean-Christophe Miterrand - ministro francês, filho de François Miterrand e ontem mesmo condenado por envolvimento no Angolagate - decidiu que todos os jovens franceses entre os 18 e os 24 anos possam aceder gratuitamente, uma vez por semana, a um dos diários publicados em França.
Será feito um rateio ente todos os jornais aderentes. Pelo que, o ÉQUIPE - alvo previsivelmente mais apetecível dos jovens - não terá uma posição de particular destaque.
É mais um sinal da gravíssima situação da imprensa escrita.
A mesma notícia indicava que, por exemplo, o USA TODAY, perdeu cerca de 17% de circulação no último ano, tendo surpreendentemente destronado do 1º lugar nos EUA pelo WALL STREET JOURNAL.
Reconheço a oportunidade mas não sei o alcance da medida ontem revelada pelo governo de França. E duvido da sua eficácia para a conquista e fidelização de novos leitores. Veremos.
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terça-feira, outubro 27, 2009

segunda-feira, outubro 26, 2009

sábado, outubro 24, 2009

Uma equipa. Um projecto



No desenvolvimento da minha escolha como Presidente da Comissão Executiva (CE) das Comemorações do Centenário do Futebol Clube Barreirense (FCB), procedi nos últimos dias, como aqui prometera no passado domingo, à formação da equipa que terá a honrosa e estimulante tarefa de organizar a celebração dos 100 anos do FCB.
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Tenho hoje o prazer de anunciar a composição da CE a toda a comunidade Barreirense:
- Francisco Cabrita (49 anos, profissional da indústria farmacêutica, sócio 2315)
- Frederico Rosa (30 anos, empresário, sócio 1430)
- João Paulo Prates (50 anos, médico, sócio 350)
- José Paulo Rodrigues (50 anos, gestor de sistemas de informação, sócio 2194)
- Manuela Fonseca (59 anos, professora universitária, sócia 675)
- Paulo Calhau (52 anos, médico, sócio 315).

O FCB, fundado a 11 de Abril de 1911, é um clube histórico, distinguido como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública (Governo), e agraciado pela Medalha de Bons Serviços Desportivos (Presidência da República), Medalha de Mérito Desportivo (Governo) e Medalha de Ouro de Bons Serviços (Câmara Municipal do Barreiro).

A CE das Comemorações do Centenário do FCB empenhará todo o seu esforço e capacidade no sentido de programar, implementar e concretizar um vasto conjunto de iniciativas, que decorrerão de 12 de Abril de 2010 a 11 de Abril de 2011.
A CE das Comemorações do Centenário do FCB estimulará a mobilização de um número muito alargado de associados e simpatizantes Barreirenses, e a participação da autarquia e dos agentes económicos, desportivos e culturais do Concelho do Barreiro.
A CE das Comemorações do Centenário do FCB divulgará brevemente a constituição da Comissão de Honra e o "Manifesto do Centenário".

Até lá… Saudações Barreirenses.
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[Publicado em www.rostos.pt Coluna TRIBUNA DO CENTENÁRIO]
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quinta-feira, outubro 22, 2009

Obrigado Albino


Foi com muito pesar que recebi,
ao final da manhã de hoje,
a triste notícia do falecimento de
Albino Macedo – sócio nº 4 do Futebol Clube Barreirense.
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A Assembleia-Geral Extraordinária foi FCB de 4 de Abril de 2005, fora convocada para "deliberação da atribuição de emblema de diamante e louvor ao associado Albino António da Silva Macedo pelos altos serviços prestados ao FCB".
A proposta foi aprovada por unanimidade.
Uma semana depois, realizou-se a sessão comemorativa do 94º aniversário do Futebol Clube Barreirense.
Por solicitação da direcção do clube, então presidida pelo Sr. Manuel Lopes, proferi uma intervenção dedicada a Albino Macedo, perante uma vasta audiência de Barreirenses e ilustres convidados, onde se destacava Vicente Moura, Presidente do Comité Olímpico Português.
Albino Macedo foi nessa noite galardoado com o Emblema de Diamante, por 75 anos de filiação clubista.
Julgo que as palavras então proferidas mantêm toda a actualidade e pertinência. A sua integral reprodução é o meu tributo a esse ilustre Barreirense que hoje se despediu de nós e nos deixou mais pobres.

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Exmo. Presidente da Assembleia-Geral do Futebol Clube Barreirense
Exmo. Presidente da Câmara Municipal do Barreiro
Exmas. Individualidades presentes na Mesa desta Sessão Solene Comemorativa do 94º Aniversário do Futebol Clube Barreirense
Caros Consócios e demais presentes:

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Como muitos de nós, Albino António da Silva Macedo, é associado do Futebol Clube Barreirense desde o seu dia de nascimento.
Ao longo de 75 anos, Albino Macedo dedicou-se de corpo e alma ao engrandecimento e fortalecimento do nosso histórico clube.

Como atleta, destacou-se no basquetebol, tendo apenas representado as nossas cores, ao longo de uma carreira de 17 anos (1946 a 1963). Para a história ficam muitos momentos de glória, daquele que foi capitão do Futebol Clube Barreirense, campeão nacional sénior nas épocas de 1956/1957 e 1957/1958 e capitão da Selecção Nacional sénior de 1957 a 1959.
Como dirigente, Albino Macedo foi pela primeira vez Presidente do FCB com apenas trinta e quatro anos de idade, sendo ainda hoje o associado com maior número de anos como Presidente do clube, onze, entre 1964 e 1992. Desempenhou outros cargos directivos e é, como sabem, actualmente Presidente do Conselho Consultivo e Contas.
A sua dedicação, a sua honestidade, a sua simplicidade, o seu desprendimento material, elevam-no sem qualquer dúvida, ao patamar mais alto de todos quantos têm servido este clube ao longo de noventa e quatro anos.
Em 1958, apenas dois anos após a inauguração do nosso Ginásio-Sede, sensibilidades diversas no seio do clube, dividiam a sua eficácia, dificultavam o seu crescimento, ameaçavam a sua unidade. No Jornal do Barreiro de 20 de Fevereiro desse ano, o associado Fernando de Alenquer, escrevia em artigo de opinião: "O Futebol Clube Barreirense é uma colectividade especial. Pode ser igual a outras, ter pelo menos afinidades que em certos aspectos tornem comum o seu destino; mas nenhuma lhe é paralela no caminho do esforço criador… Mas a sua massa associativa está dividida. O haver numerosos grupos, cada um constituindo, muito naturalmente, um núcleo de opinião e de crítica, não significa divisão perniciosa; pelo contrário, se cada grupo se orientar no sentido do engrandecimento da colectividade, opinando e criticando construtivamente, a revalorização será inevitável e mais rápida… O Barreirense é um clube especial, cheio de popularidade. Mas precisa de unidade. Precisa de que dentro dele se difundam doutrinas que lhe mostrem a sua obra inacabada; que lhe revelem não estar ainda concluída a estrada do seu destino; que lhe mostrem a necessidade de aproveitar valores e de os conjugar no sentido de nunca se perder esse tino que lançou a primeira pedra do ginásio e depois tornou, pelo esforço criador, a obra una e indivisível. É difícil o desiderato? Não se nega a canseira a que obrigará. Mas as tarefas cívicas que decorram dessa obrigação de indivisibilidade, no sentido construtivo, serão benditas. Elas eliminarão, a pouco e pouco a dificuldade de construir elencos directivos e tornarão o Barreirense mais Barreirense – mais progressivo… O Barreirense precisa de todos: dos que só podem pagar a sua quota e dos que, acima de tudo, lhe podem dar a sua inteligência e a sua dedicação".

Como parecem sábias e actuais estas palavras.
Num momento em que tanto pode mudar tão depressa neste grande clube, importa fortalecer a unidade entre todos os Barreirenses, afirmar a sua matriz identitária, onde se destaca a prática tradicional e gloriosa de duas modalidades muito queridas: o futebol e o basquetebol. Albino Macedo, personifica esta perspectiva, passada, actual e futura, de um clube que se quer plural, realista mas ambicioso.
Albino Macedo acompanha com intensidade e paixão todas as actividades do clube. Aos sábados, vemo-lo no Pavilhão Luís de Carvalho, apoiando a equipa sénior de basquetebol, já não amadora como no seu tempo, mas ainda assim peculiar no panorama da modalidade em Portugal, pela afirmação tão forte da sua escola de formação e que a tornam tão respeitada e tão admirada. Aos domingos, é fácil encontrar o Albino no "M
anuel de Mello" ou em qualquer outro campo onde se desloca a nossa mais representativa equipa de futebol.
O Futebol Clube Barreirense sabe honrar e homenagear as suas glórias, os seus mais devotados, competentes, sérios e ilustres associados. Em Novembro de 1959, sendo Presidente Renato Freire, Albino Macedo, ainda praticante de basquetebol, carreira que apenas encerraria cinco anos depois, foi alvo de uma inesquecível festa de homenagem e consagração, promovida no Ginásio-Sede pelo seu clube de sempre. Recebeu com todo o merecimento a Medalha de Mérito e Dedicação do Futebol Clube Barreirense, entregue pelo associado número um, António Maria da Costa. No palco, numa cortina aveludada, podia ler-se: "Obrigado Albino Macedo".

Essas são, também hoje, as minhas últimas palavras, as nossas últimas palavras: "Obrigado Albino Macedo".
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terça-feira, outubro 20, 2009

Exemplar


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O Liverpool perdeu o último jogo da Premier League.
Um golo insólito e susceptível de invalidação ditou a derrota.
No final, Rafa Benitez não se desculpou.
Não atribuiu o insucesso a esse invulgar golo.
Nem se justificou com a arbitragem.
Muito menos com o estado do relvado.
Antes culpou o menor desempenho da sua equipa.
É assim na pátria do futebol.
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Homem livre

Interessante entrevista à VISÃO de António Coimbra de Matos - uma referência da Psicanálise em Portugal.
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Cito uma das passagens, também incluída no livro PERCURSOS:

"O homem livre é aquele que aprende a estar só, a ser capaz de metabolizar as perdas".

segunda-feira, outubro 19, 2009

A (in)felicidade de ser tão alto


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Em 1969, nas festas da Baixa da Banheira, vi o Gabriel - o "Gigante de Moçambique".
A curiosidade levara-me a pedir aos meus pais a quantia necessária para, adquirido o bilhete - lembro-me que caro - entrar no recinto onde, sentado numa poltrona, sossegava um homem grande, muito grande. Um gigante com 265cm de altura.
Recordo a impressão então sentida, feita de uma multiplicidade de sentimentos.
Gabriel foi "exibido pelo país como coisa rara e insólita" [Expresso de 3 de Outubro de 2009].
Casou. Teve 3 filhos.
Morreu em Janeiro de 1993.
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Gheorghe Muresan [na foto], romeno natural de Cluj - cidade nome de clube de futebol onde o treinador e vários jogadores são nossos compatriotas - foi um pouco mais baixo. Mas ainda assim muito alto. "Apenas" 231cm.
Foi um jogador grande de basquetebol. Mas não um grande jogador. Ainda assim passou por grandes clubes: Pau-Orthez, de França e Washington Bullets e New Jersey Nets, da famosa NBA.
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Agora foi a vez do turco Sultan Kosen nos visitar.
247cm. 150Kg de peso.
Desloca-se com grande dificuldade. Em andarilho.
Tentou o basquetebol no Galatasary. Não foi capaz.
Tenta ser feliz. Casando e procriando.
Mas não consegue arranjar namorada - "elas têm medo".
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domingo, outubro 18, 2009

2011 vem já aí


Foi com enorme alegria e sem qualquer hesitação que aceitei o convite formulado pela Comissão Administrativa do Futebol Clube Barreirense para presidir à Comissão Executiva das Comemorações do Centenário.
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Relembro aqui as palavras que escrevi em PROVA DeVIDA - estórias e memórias do meu Barreirense:
"Em 11 de Abril de 2011, o FCB completará 100 anos. Será uma data histórica. E um ano mágico…
Vem longe! Dirão alguns…
Não penso assim!
A cerca de três anos de distância, creio que é tempo de começar a pensar, a programar, a agir. Para que a Festa do Centenário tenha a participação, a grandeza e o brilho que se impõem e exigem. Os associados deverão contribuir com o seu fervor clubista, esforço e talento. A autarquia deverá colaborar com empenho e determinação. Os agentes económicos, desportivos e culturais do Concelho deverão participar activamente.
2011 será um ano inolvidável! De celebração das vitórias. De recordação dos heróis. De perspectivação do futuro. De afirmação de uma grande instituição – o FCB. Construído por todos os Barreirenses. Para todos os Barreirenses.
Impõe-se a constituição de uma Grande Comissão Organizadora dos 100 Anos do FCB. Qualificada, democrática e plural. Quanto antes!".
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Em entrevista hoje publicada no Diário de Notícias o "senador" Ângelo Correia disse que "um grande líder é o que tem uma grande equipa ao seu lado".
Estou completamente de acordo.
Por isso, empenhar-me-ei desde já em constituir uma Comissão Executiva integrada por Barreirenses de reconhecido mérito e inegável capacidade, que saiba honrar a História do clube e mobilizar todos os Barreirenses e o Concelho do Barreiro para a celebração do 1º Centenário do Futebol Clube Barreirense.
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Em breve divulgaremos o "Manifesto do Centenário" e a constituição da Comissão Executiva e da Comissão de Honra.
Até lá... Saudações Barreirenses.

[Publicado em www.rostos.pt Coluna TRIBUNA DO CENTENÁRIO]
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Façam o favor de explicar


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A leitura do caderno destacável "Ranking das escolas SIC/Expresso" não trouxe grandes novidades. Mas deixou-me triste.
No Barreiro, e no que se refere ao ensino secundário, os resultados foram desoladores.
Da avaliação de um total de 504 escolas - públicas e privadas - resulta que apenas a ES Alfredo da Silva - uma vez mais a melhor escola secundária barreirense - obteve um resultado na primeira metade do ranking nacional, ainda assim num modesto 193º lugar, e descendo 44 posições em relação ao ano anterior. As quatro outras escolas secundárias do Barreiro situaram-se entre o 326º lugar (ES de Santo André) e o 451º lugar (ES dos Casquilhos). Pelo meio, as nada abonatórias 352ª e 392ª posições, respectivamente da ES Augusto Cabrita e ES de Santo António.
Além da modéstia das posições obtidas - que nada prestigiam o ensino secundário barreirense - documentei ainda a quase generalizada descida no ranking das nossas cinco escolas. Apenas a Escola Secundária de Santo António melhorou - e de forma significativa - a sua posição relativa, subindo 80 lugares.
Embora também exerça funções docentes, enquanto Assistente convidado da Faculdade de Medicina de Lisboa, desconheço as razões concretas da situação agora confirmada no concelho do Barreiro.
Talvez que alguns bloguistas e cronistas desta cidade me possam esclarecer das causas desta infeliz realidade. A começar pelo meu amigo e professor António José Ferreira, a quem endereço o desafio, interrompendo - se possível, e se for essa a sua vontade - a inevitável, recorrente, consistente e legítima crítica ao "consulado" de Maria de Lurdes Rodrigues.
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quinta-feira, outubro 15, 2009

Semear e colher


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Estes jovens basquetebolistas do FC Barreirense foram campeões nacionais de sub-20. Na época transacta.
Integram agora - na sua quase totalidade - a equipa senior.
Na passada 6ª feira "fizeram a vida negra" ao Benfica.
Que seja para continuar. E para ganhar. Quando for a valer.
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segunda-feira, outubro 12, 2009

Carta Aberta a Carlos Humberto


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Exmo. Presidente da Câmara Municipal do Barreiro:
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É possível que saiba que não pertenço ao conjunto dos Barreirenses que se regozijaram com os resultados eleitorais saídos do sufrágio local de ontem.
Não porque o PCP readquiriu uma maioria absoluta. Mas, simplesmente, porque o PCP ganhou.

Os "meus" - aqueles com quem me identifico nos princípios, mas de quem me separam "coisas" particularmente importantes - não souberam construir uma alternativa minimamente consistente, popular e credível, que cativasse os cidadãos do Barreiro para uma mudança. Que entendo necessária. Que julgo imperiosa.
Foram diletantes - pecado recorrente -, demagógicos - em dose excessiva -, inconsequentes - como quatro anos antes.
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O senhor Carlos Humberto - mais do que o seu partido - foi o grande e único vencedor de ontem.
O senhor Carlos Humberto foi bafejado pela fortuna ao longo do seu mandato. Disso não tem responsabilidade alguma. Mas sabe porque o digo. E, neste aspecto, talvez concorde comigo.
O senhor Carlos Humberto venceu com clareza e toda a justiça. Por mérito próprio - algum. Por demérito alheio - muito.
O senhor Carlos Humberto parece - aos olhos do cidadão comum, mesmo se distante da sua cartilha doutrinária - um "homem bom", simples, cordato, sério e trabalhador.

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Percebi - desde há muito - que este seria o desfecho mais natural.

Testemunhei esta minha previsão. Em privado. E também publicamente.
Porque sou livre e independente. No pensamento. E na acção.
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As minhas convicções políticas estão distantes das suas.

A minha concepção de sociedade democrática e progressiva não está conforme - muito longe disso - com alguns modelos que o senhor e os seus camaradas assumem com sincera e (será mesmo assim?) acrítica adesão.
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Expressa a livre, respeitável e (quem sabe?) sábia vontade dos Barreirenses, é agora tempo de lhe endereçar um desejo. E um pedido:

Que os próximos quatro anos sejam - da sua parte e das equipas que terá que liderar - o tempo de afirmação de um pensamento e de uma prática dialogante, criativa e consequente. Em defesa do Barreiro. Ao serviço dos Barreirenses. Dos que em si votaram. E dos outros - afinal uma... (escassa) maioria.
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Endereço-lhe os parabéns pela vitória alcançada.

Aceite os meus sinceros cumprimentos,
Paulo Calhau
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sábado, outubro 10, 2009

Eu também mudo. Gracias a la vida


Mercedes Sosa (Argentina, 1935-2009)

É verdade!
Tudo muda.
A mudança desafia e assusta.
A toda a hora. Em todos os lugares.
Que poderá mudar amanhã?
Em Portugal. E aqui, no meu Barreiro?

sexta-feira, outubro 09, 2009

Escritos de ontem e de hoje


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Em 13 de Janeiro de 2008, na minha coluna semanal no ROSTOS "Aos Domingos também se escreve", escrevi:
"Parece que a decisão está tomada. O Barreiro vai ser contemplado (beneficiado?) com uma ponte ferro-rodoviária. Fiquei feliz!
Acredito que o Barreiro terá aqui uma excelente mola impulsionadora para um impulso desenvolvimentista e renovador.
A centralidade do Concelho na Margem Sul da Área Metropolitana de Lisboa será agora mais substantiva.
A expansão populacional inverterá o declínio reafirmado pelos últimos censos.
As consequências económicas, sociológicas, culturais e desportivas, serão inevitáveis e previsivelmente favoráveis.
Não tenho certezas. Mas acredito que nos saiu a Lotaria.
Curiosamente na mesma semana em que a Comunicação Social local divulgou um conjunto interessante de obras públicas a decorrer no Concelho do Barreiro. De paternidade repartida entre o anterior e o actual executivos, mas cujo reflexo eleitoral em 2009 deverá beneficiar o PCP e "penalizar" o PS. Injusto? Claro que sim!
Mas se o PS perdeu em 2005 por culpa própria...".
http://rostos.pt/inicio2.asp?mostra=2&cronica=220020
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Duas semanas depois, no texto "Só Barreiro", referi a propósito do PS-Barreiro:
"Por aquilo que me chega através da comunicação social – local e regional – o PS Barreiro está efervescente.
As próximas eleições para a Direcção Concelhia poderão vir a ter vários candidatos. O que à partida é estimulante: mais participação, mais debate, mais reflexão.
Do resultado dessa eleição poderá (ou não) configurar-se o próximo candidato às Eleições Autárquicas de 2009. Eleições que, como escrevi há semanas atrás, serão dificílimas para o PS.
Tenho para mim que o PS apenas tem um candidato barreirense com capacidade para vencer o PCP. Que não participará certamente na próxima pugna partidária. Quererá ele ser candidato? Poderá ele ser candidato? Seria o meu candidato. Teria o meu voto".
http://rostos.pt/inicio2.asp?mostra=2&cronica=220024
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Como então antecipei, o "meu" candidato não se apresenta a votos para a Câmara Municipal do Barreiro.
Lamento, meu Amigo.
Teria sido uma manifestação esplendorosa de devoção e de amor à Cidade onde nascemos, crescemos e nos fizemos homens.
Compreendo que a superior capacidade e o invejável currículo que ostentas te continuem a perspectivar outros "voos".
Seria uma disputa muito difícil. Como bem sabemos.
Mas seria um combate com possibilidade de sucesso.
Assim... adivinha-se uma derrota. Penosa. Evitável. Gravosa.
Perde o PS-Barreiro. E perde o Barreiro.
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quinta-feira, outubro 08, 2009

Um bom aluno. Um bom atleta?


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A consulta diária do sítio oficial do Barreirense Basket trouxe a novidade: Colin McIntosh, 23 anos, 2.02m e 95Kg, é a primeira aquisição para esta época.
O autor da notícia reproduziu um texto extraído da inevitável pesquisa do Google: "Durante a sua passagem por Vermont foi distinguido pela competitiva conferência America East com o prémio de Academic Honor Roll, galardão dado a alunos que se evidenciam pela sua prestação nas salas de aula".
Bom. O que se espera do Colin é que ganhe muitos ressaltados, efectue desarmes de lançamento em todos os jogos e seja eficaz na concretização de curta, média e longa distância.
"Apenas" isto? Não!
Que seja disciplinado e disciplinador. Lutador e ambicioso. Saudavelmente irreverente. À imagem do jovem plantel do Barreirense - exclusivamente constituído por estudantes, quase todos universitários.
Ter sido um estudante de eleição, e como tal premiado, chegará para tanto? É, pelo menos, um bom cartão de visita.
De Colin McIntosh espera-se que seja exemplar.
Bem diferente - para melhor - de dois compatriotas que o antecederam.
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segunda-feira, outubro 05, 2009

Falar verdade...

Percebe-se que a direita não tenha gostado dos resultados eleitorais de há uma semana.
Compreende-se alguma decepção. Desilusão. Azia... até.
Mas daí até menorizar - quase diabolizar - os que votaram à esquerda...
Revela uma redutora e discutível formação democrática.
E não me estico na linguagem.
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Não discuto o prestígio nem a influência de Maria João Avillez (MJA) - uma decana do jornalismo português.
Mas também não aceito algumas dos seus trabalhos e intervenções - panfletários, parciais, redundantes, profundamente contraditórios.

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Um exemplo. Recente.
No último número da SÁBADO, na página de Opinião "Dia sim dia não", MJA enalteceu, uma vez mais, as "características da personalidade desta mulher notável - que muito considero".

Escrevia, obviamente (!?), a propósito de Manuela Ferreira Leite (MFL).
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Classificou de "gaffes assassinas" a escolha de António Preto para as listas ao Parlamento e as referências da líder laranja ao "famoso ilhéu".

E eu pergunto:
- isto foram gaffes?
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Classificou MFL de "pouco política, pouco dúctil, pouco amiga de ouvir e ainda mais de partilhar uma ideia ou uma opinião, ... [agindo] sozinha ou quase, quase".

E eu pergunto:
- em que ficamos?
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MJA acusou a campanha da esquerda democrática.

E escreveu: "mentiu-se, manipulou-se, insultou-se, acusou-se, usou-se sem pudor e sem sombra de pecado o Palácio de Belém e o seu principal inquilino... que o que o que tem de ser, tem muita força".
E eu pergunto:
- será que o seu partido se viu ao espelho?
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Talvez que a próxima gerência do PSD possa ver em MJA uma boa solução para a direcção do POVO LIVRE.
Não creio que MJA achasse uma má ideia.
Os seus líderes são sempre... notáveis.
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A crise no mundo


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A imprensa escrita atravessa - não é novidade para ninguém - uma grave crise, de dimensão quase generalizada.
"Notre Combat" texto extenso e muito bem estruturado de Serge Halimi - director e chefe de redacção de LE MONDE diplomatique - alerta-nos na edição de Outubro para as enormes dificuldades financeiras que perseguem e ameaçam o jornalismo em suporte de papel.
Daí o apelo - quase dramático - com que o autor interpelou os seus leitores. Solicitou-lhes uma maior aquisição em banca, uma intensificação de assinaturas, a adesão à associação dos "Amies du Monde diplomatique" e - surpreendam-se! - a prática de donativos - premiada com estimulantes deduções fiscais.
É óbvio que estamos perante um projecto editorial e uma estrutura accionista peculiares e excepcionais no universo empresarial da imprensa. Mas que não deixa de ser curioso...
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Viva a República!

Reproduzo o que aqui escrevi há precisamente um ano:
"A História não aconteceu exactamente da forma como alguns republicanos mais jacobinos nos contaram.
Ainda assim, vale a pena lembrar e celebrar o 5 de Outubro de 1910.
Sou Republicano!
Viva a República!".
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Um olhar porventura mais atento tem-me permitido constatar que há, nomeadamente na intelectualidade portuguesa, uma simpatia pela Causa Monárquica que não é desprezível - embora claramente minoritária -, merece ser analisada, compreendida e, sobretudo, respeitada.
Mas, embora não saiba lá muito bem o que é isso da "Ética Republicana", o meu apego ao Republicanismo não esmoreceu.
Mesmo quando a República revela algumas fragilidades, é varrida por tanta inépcia e manchada por este obsceno e intolerável nível de corrupção...
VIVA A REPÚBLICA!
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sexta-feira, outubro 02, 2009

Brel chante Amsterdam

Pela Liberdade. Sempre!


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O Diário de Anne Frank emocionou-me muito.
Foi apenas há cerca de uma década que o li.
Agora, foi tempo de visitar o lugar onde permaneceu escondida das forças ocupantes nazis.
Não me faltou a raiva pelas imagens e pelos textos que suportam o percurso da casa-museu.
Uma sensação semelhante àquela que me percorreu quando, em 1993, visitei o Haus Am Checkpoint Charlie. Na Berlim recém-libertada do comunismo.
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Vincent


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O suicídio roubou-lhe a vida muito cedo. Aos 37 anos.
Ficou a Obra. Extraordinária na qualidade. Rica na diversidade técnica. Evolutiva na utilização das cores.
Grande pintor. Magnífica exposição.
Aqui, em Amsterdam. No Van Gogh Museum.
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terça-feira, setembro 29, 2009

Obviamente (muito) só


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E a montanha pariu um rato...
Admiti que ia ser assim. Mas sem excluir que podia vir aí um terramoto político... com tsunami.
Afinal, foi o Cavaco Silva de outras vezes: menor, patético, mesquinho.
Pretensamente supra-partidário, cinicamente "ingénuo", irritantemente canhestro, hpocritamente "impoluto".
Cavaco Silva nunca foi o meu Presidente.
Creio mesmo que já não será o Presidente de boa parte de quantos nele votaram. O que, diga-se de passagem, não me suscita qualquer incómodo ou desagrado.
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Ler, reflectir e... agir


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Estou - estamos - preocupados com a Gripe A. Inquietos.
E expectantes do que se vai passar nas próximas semanas.
Tive hoje acesso a um texto que reputo de importante. De um clínico e universitário espanhol. Que abaixo se reproduz. E que levanta questões de enorme pertinência.
Para reflexão. E não só...

ANTE LA GRIPE A
CARTA ABIERTA A LA MINISTRA Y A LOS CONSEJEROS DE SANIDAD
(CON COPIA A MIS PACIENTES)
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Por Juan Gérvas

Licenciado y Doctor en Medicina por la Universidad de Valladolid. Médico de Canencia de la Sierra, Garganta de los Montes y El Cuadrón (Madrid). Profesor Honorario de Salud Pública en la Facultad de Medicina de la Universidad Autónoma de Madrid, y Profesor Visitante de Atención Primaria en Salud Internacional de la Escuela Nacional de Sanidad (Madrid)
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CONSIDERACIONES
Conviene recordar que el Gobierno de Canadá se planteó dos objetivos ante la gripe aviar, 1/ disminuir su impacto en mortalidad y 2/ mantener la estructura social. No es una visión improbable la de un país sumido en el caos, parado por cierres de escuelas y centros de trabajo, con las urgencias y servicios médicos colapsados, con falta de atención a otros problemas de salud incluso graves, como infartos de miocardio y apendicitis (sin hablar de los errores tipo retrasos en el diagnóstico de meningitis por confusión con la "omnipresente" y deslumbrante gripe A).
Y, sin embargo, la gripe A es enfermedad benigna, con menos mortalidad que la gripe estacional (la de todos los años). Lo sabemos ya con datos, por la experiencia del invierno en los países del hemisferio sur. La diferencia es responder como Argentina (pánico y descontrol absoluto) o como Australia (organización y eficacia). Según los cálculos más ciertos podemos esperar como máximo unos 500 fallecimientos por gripe A, frente a los más de 1.500 anuales por la gripe estacional. Por ello, habrá menos muertos en todos los grupos de edad con la gripe A que con la gripe estacional. Para disminuir la mortalidad habrá que tratar adecuadamente a los casos que se compliquen. Lastimosamente la vacuna prometida llegará tarde, y no deja de ser una vacuna cuya eficacia desconocemos. Hasta que no haya más conocimiento muchos ni nos la pondremos ni la recomendaremos.
Respecto a las embarazadas, siempre se han visto más afectadas por la gripe, especialmente en el tercer trimestre, por los cambios cardio-respiratorios que provoca la ocupación del abdomen por el útero grávido. La gripe A no cambia nada respecto a la gripe estacional; habrá la misma proporción de ingresos, y menos muertes que con la gripe estacional. La embarazada puede y debería llevar la vida sana que siempre se le ha recomendado, lo que incluye continuar con su vida normal, familiar y laboral. La gripe A no provoca abortos ni malformaciones del feto. Estar embarazada no aumenta la probabilidad de contagiarse por gripe A.
La selección de personas por sus "actores de riesgo" es cuestión discutible pues los factores de riesgo ni son necesarios ni son suficientes para explicar las complicaciones. Por ejemplo, hasta el 70% de los niños que mueren por gripe estacional carecen de factores de riesgo definidos.
La predicción sobre la evolución de la gripe A debería basarse en lo que sabemos de esta propia epidemia y de pandemias previas. Por ello lo previsible es una onda de rápido contagio. Hablar de otras posibilidades es ignorancia, fantasía, irresponsabilidad o maldad. Es absurdo recordar epidemias de gripes de cuando ni había una cobertura pública sanitaria ni existían antibióticos para tratar las neunomías que las complican.

PROPUESTAS
Dejen de organizar protocolos y de promover medidas de recepción a los pacientes de probable gripe A que carecen de sentido. Es absurdo el aislamiento en urgencias y en los centros de salud de los pacientes con fiebre y síntomas de gripe. Durante la epidemia los griposos estarán en todos sitios y las medidas de aislamiento son innecesarias en los centros sanitarios. Sólo contribuyen a crear alarma y pánico.
No promuevan el diagnóstico exacto de la gripe A, excepto para investigación y vigilancia epidemiológica. Las pruebas de detección rápida son poco fiables, e inútiles. El seguimiento es el mismo sea gripe A, gripe estacional, o cualquier otra infección respiratoria.
Dejen que los médicos clínicos hagan su labor. Llevan años atendiendo a los pacientes con gripe, y saben hacerlo en las urgencias, las consultas y los domicilios. Los "expertos" poco pueden añadir, salvo colaborar como consultores. La gripe A es más benigna que la estacional, pero concentrará a los enfermos en un periodo breve de tiempo. No conviene hacer grandes inversiones ni cambios, sino reforzar los dispositivos existentes con lógica y sentido común. La buena atención clínica a los casos complicados es tan importante o más que todas las demás medidas juntas. La atención a domicilio debería gravitar sobre los médicos de cabecera que tienen conocimiento y capacidad de decisión respecto a sus pacientes y su entorno familiar. Tengan en cuenta la sobrecarga de trabajo y prevean medidas para compensar las horas extras de trabajo (no todo es gastar en acumular anti-virales y vacunas).
No promuevan excesivamente ni los anti-virales ni la vacuna. Hay dudas razonables sobre sus ventajas, y tienen efectos adversos innegables.
Tengan en cuenta que la gripe A tendrá más impacto en la clase social baja, entre los pobres, marginados, toxicómanos, mal alimentados, mal abrigados y habitantes de viviendas insalubres. Todos ellos tienen menos interés por su salud por lo que habrá que prever medidas pro-activas tendentes a evitar la falta de equidad en la atención a estos pacientes y poblaciones.
No promuevan el uso de mascarillas. Su eficacia es dudosa.
Promuevan el auto-cuidado. Lo importante es que los pacientes y las familias se enfrenten a la gripe A con la misma serenidad y buen hacer que a la gripe estacional. El ser humano ha evolucionado en convivencia con el virus gripal, de forma que hay un excelente cúmulo increíble de normas sensatas de auto-cuidados en la población. Como siempre ante la gripe, los individuos y las familias son capaces de cuidarse sin necesidad de médicos ni de sanitarios.
Faciliten la justificación de la ausencia al trabajo. La gripe dura siete días, y normalmente los tres primeros son los peores. Nada impide que esos tres días se puedan justificar por el propio trabajador, sin necesidad de baja médica (con lo que se ahorra la visita al médico en el 95% de los casos, que serán leves). Y en caso de ausencia más larga, de hasta una semana, facilite la justificación de la baja con un solo documento que se pueda hacer en sólo una visita (según la organización actual se requerirían tres).
Pidan a los medios de comunicación que sean responsables. No tiene sentido transmitir en vivo y en directo cada muerte por gripe A. En vez de 500 parecerán 500.000. Con ello se crea alarma social innecesaria. Tenemos la experiencia de la meningitis C, que desató el pánico por este comportamiento absurdo de los medios de comunicación. La percepción social del riesgo de contagiarse y de morir por gripe A no tiene nada que ver con la realidad. Todos tenemos la culpa, desde la Organización Mundial de la Salud al Ministerio de Sanidad y Política Social, pasando por las Consejerías de Sanidad, los Colegios de Médicos y los medios de comunicación. Y entre todos hay que lograr enmendar este desaguisado antes de que sea tarde. Es clave que la percepción social del riesgo de enfermar y de morir por gripe A corresponda a la realidad, a la de una enfermedad leve, una gripe de menor gravedad que la habitual.

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Referencias seleccionadas
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Apostila: tenciono voltar a este tema.
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