domingo, novembro 01, 2009

Espero bem que sim


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"O PÚBLICO inicia hoje uma nova etapa da sua história. Quase 20 anos depois do primeiro dia, uma nova direcção, um novo começo. Um tempo mais difícil, também.Há 20 anos, tivemos a ousadia de em Portugal seguir os paradigmas da grande imprensa europeia e conseguimos ser hoje uma referência sem paralelo na imprensa diária portuguesa.
Os ideais originais estão vivos - qualidade e rigor, distanciamento, independência e integridade. Olhamos para o jornalismo como parte nuclear da democracia e da liberdade e vamos exercê-las informando, questionando e investigando. Podemos escolher as palavras justas em nome da convicção com que as sustentamos - convicção num jornalismo forte, profundo e livre. Isso é fácil. A confiança no jornalismo, no entanto, já viveu melhores dias.
O fundador deste jornal, Vicente Jorge Silva, disse num texto recente que a credibilidade da imprensa de referência ficou seriamente afectada pelos incidentes que rodearam a última campanha para as legislativas. Um balanço duro, mas uma conclusão lúcida.
Não temos nada a acrescentar a uma polémica sobre a qual tudo está dito e da qual não ficaremos reféns. A razão de estarmos aqui hoje é anterior a tudo isso. Mas não escamoteamos o facto de ser nossa primeira obrigação repor essa credibilidade ameaçada, conscientes que estamos da percepção pública de um excesso de peso ideológico no jornal. Acreditamos num jornalismo culto e responsável, que desafia o sensacionalismo ese foi tornando as agendas informativas cada vez mais estreitas."
[excerto do editorial de hoje do PÚBLICO "Um novo começo"]
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Bárbara Reis asumiu hoje a direcção do diário que me habituei a acompanhar quase diariamente, desde a sua já longa fundação.
A minha relação com o PÚBLICO foi esmorecendo nos últimos tempos.
Não apenas pelo episódio das escutas. Mas porque uma evidente quebra na qualidade me fez procurar outras fontes jornalísticas, outros prazeres de leitura.
Não sei o que vai mudar. Mas sei que é preciso mudar!
Vou estar atento...
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