quarta-feira, janeiro 05, 2022

Confinar e não votar


 


 

 

 

 

 

 

A pouco mais de três semanas das eleições legislativas, é confrangedor, lamentável, desolador e inconcebível perceber que algumas centenas de milhar de portugueses confinados pelo protocolo COVID estejam na iminência de se verem impedidos de exercer o seu direito constitucional de voto.

 

Era previsível – até pela experiência acumulada nos dois anteriores processos eleitores deste já longo “período COVID” – a necessidade de antecipar o problema, estudá-lo, para melhor encontrar soluções justas e credíveis.

 

Tal não aconteceu. O tempo urge. E não parece que a resposta esteja perspetivada e em vias de execução.

E com isso vencerão os que criticam o imobilismo do nosso Estado, a lentidão da sua modernização, a sua preguiça e repulsa reformista, o seu perfil anquilosado, a sua inércia transformadora. Tenho pena!