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Carlos Queiroz não estará a esta hora sorridente.
Mas deveria estar.
Porque a sua/nossa selecção, a exemplo do que ocorrera no Estádio de Alvalade (onde estive presente), massacrou hoje a Dinamarca, revelou uma inquestionável superioridade técnica e táctica e uma dose pouco habitual de infortúnio.
Portugal comprometeu as suas aspirações - porventura de forma irremediável.
A África do Sul fica agora mais longe.
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Três (!) luso-brasileiros em jogo. Nem Liedson nos salvou. Apesar de um golo que fez renascer a esperança - mais uma vez adiada.
A este respeito, reafirmo o que escrevi em 12 de Agosto: "Uns concordam. Outros não. Compreendo os primeiros. Mas estou com os segundos".
Pensei nem ver o jogo - admito que por razões emocionais e pouco racionais. Pela indignação que me suscita, neste futebol tão mercantilizado, a presente realidade.
.Os "responsáveis" pelo dirigismo no futebol português - Federação Portuguesa de Futebol e Liga Portuguesa de Futebol Profissional - não protegem o jogador nacional.
Atente-se no número de estrangeiros que proliferam nos escalões jovens e que, nomeadamnete na época transacta, representaram as equipas de juniores do SL Benfica, Sporting CP e FC Porto.
Será este o caminho mais ajuizado?
Julgo que não.
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