sábado, setembro 05, 2009

As memórias do Professor


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Não. O ANTIGO REGIME E A REVOLUÇÃO, que acabei agora de ler, não é a obra de Alexis de Tocqueville, mas o primeiro volume das Memórias Políticas de Diogo Freitas do Amaral.
Leitura agradável e estimulante de uma obra que me levou ao "Estado Novo" e à revisitação do "25 de Abril", do "28 de Setembro", do "11 de Março" e do "25 de Novembro".
Para mim, foi sobretudo um tempo para recordar o golpe militar, a alegria partilhada, a convicção inicial na utopia, a vertigem revolucionária, a aproximação ao totalitarismo de esquerda, a rotura - rápida, irreversível e libertadora - com o "maior embuste da História".
Mas foi, também, um tempo para melhor conhecer e entender a precoce adesão ao pensamento democrático e conservador do Professor de Direito e do fundador do CDS,
a repetida admiração pela amizade e inteligência do companheiro Adelino Amaro da Costa, a afirmação recorrente do respeito por Mário Soares e a demonstração do contributo - importante, complexo e decisivo - de Francisco Costa Gomes na consolidação da via democrática e pluralista da "Revolução dos Cravos".
Fica a vontade de passar ao segundo volume.
Emprestas-me Ricardo?
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