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Escreveu ela:
"A internet iria ser supostamente o paraíso da livre expressão, sem censura a cada passo e onde todos pudessem finalmente ter voz. No entanto, neste infinito reino da verdade, muitos querem esconder-se. Quem são essas pessoas, prontas a dizerem o que pensam sem no entanto dizerem quem são? Que mentalidade os leva a incomodar-nos, ficando escondidos por detrás de uma máscara? Os pseudónimos têm um historial nobre. Os revolucionários em França, os primeiros colonos dos EUA e os dissidentes soviéticos usaram-nos. O grande poeta Fernando Pessoa servia-se de heterónimos para escrever em diferentes estilos e até para rever as obras criadas pelos seus alter egos. Como escreveu Hugo Black em 1960, "É evidente que o anonimato tem por vezes sido utilizado para os mais construtivos dos fins". Mas, na internet, serve menos para se ser construtivo do que para encobrir a cobardia".
.Já tenho emitido opinião - pública e privada - a este propósito.
Reafirmo a defesa da palavra "com rosto e com assinatura".
Mas compreendo - e aceito - que em situações pontuais o anonimato possa ser admissível.
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