sábado, março 14, 2009

Mitos de ontem e de hoje


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Pego nas palavras de João Marcelino, hoje publicadas no DN:
“Francisco Louçã ainda há uma dúzia de anos era capaz de, sem se rir, defender as virtudes da "democracia" internacionalista com epicentro em Moscovo. Hoje, convertido ao sistema que combateu, teve esse gesto nobre de faltar à sessão parlamentar que recebeu José Eduardo dos Santos e apontou o dedo ao neocolonialismo que por aqui se terá visto nestes dias. É fácil, na verdade fazer política longe das responsabilidades concretas do dia-a-dia das pessoas. Basta dizer uma parte da verdade e ser demagogo quanto baste. Se apenas quiser ser o grilo falante da nossa democracia, Louçã faz bem em continuar assim. Numa certa medida até faz falta. Mas se quiser mesmo ajudar a sociedade portuguesa a resolver os problemas, a assumir de facto responsabilidades, terá um dia de mudar”.
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Recordo as declarações do líder do Bloco de Esquerda, pronunciadas ontem à tarde durante a manifestação
anti-(P)Socrática que decorreu em Lisboa.
O seu discurso já cansa. Diletantemente fluído, aparentemente convincente, supostamente moderno, manifestamente demagógico.
É a nova cassete.
O que nos vale é que esta gente – ironicamente apelidada de esquerda caviar – não será governo.
Consideram-se politicamente revolucionários.
Imaginam-se intelectualmente superiores.
Afirmam-se eticamente irrepreensíveis.
Julgam ser isso tudo.
Mas não é nada assim.
Estão (muito) enganados.
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