
O gozo de um curto período de férias permitiu que esta manhã tivesse acedido na minha caixa de correio, a uma hora bem mais precoce do que é usual, a um exemplar do semanário NOTÍCIAS DO BARREIRO.
Chegado à página 6, deparei-me com dois artigos de opinião, que li (e reli) com atenção e interesse.
O Engº Nuno Banza, a propósito de uma experiência pessoal bem recente, abordou aquilo que depreendo ser o caos instalado na Urgência Pediátrica do Hospital de N.ª S.ª do Rosário, realidade que não conheço em pormenor, mas que não deverá ser, nos seus contornos principais, particularmente diferente daquela que conheço profundamente no Hospital Garcia de Orta onde exerço funções desde a abertura do Serviço de Pediatria, completam-se dentro de dias longos e ricos dezassete anos.
A verdade é que os Serviços de Urgência, e os de Pediatria em particular, são efectivamente – e não deveria ser assim! – locais para atendimento permanente de todo o tipo de situações – as emergentes e as urgentes (obviamente!), mas também para toda a plétora de doença aguda e não aguda que não deveria encontrar aí o local (às vezes único) de resolução atempada.
Ninguém beneficia com esta situação. As crianças sofrem. Os pais desesperam. E nós, profissionais de saúde, acreditem, também não nos sentimos nada confortáveis.
Cansado desta situação, exausto de uma pressão inaceitável e injusta, lá acabei por cumprir esta semana uma pausa nesta rotina semanal (às vezes bi-semanal) infernal e insustentável, apenas gratificada nas vidas que se salvam, nos sofrimentos que se aliviam e nos “obrigado” que aqui e acolá vamos recebendo.
Hoje, em Almada (e por esse país fora) sei que a generalidade dos meus colegas está a dar o melhor de si pelas crianças. As situações emergentes e urgentes serão prontamente atendidas. As outras… logo que possível.
Chegado à página 6, deparei-me com dois artigos de opinião, que li (e reli) com atenção e interesse.
O Engº Nuno Banza, a propósito de uma experiência pessoal bem recente, abordou aquilo que depreendo ser o caos instalado na Urgência Pediátrica do Hospital de N.ª S.ª do Rosário, realidade que não conheço em pormenor, mas que não deverá ser, nos seus contornos principais, particularmente diferente daquela que conheço profundamente no Hospital Garcia de Orta onde exerço funções desde a abertura do Serviço de Pediatria, completam-se dentro de dias longos e ricos dezassete anos.
A verdade é que os Serviços de Urgência, e os de Pediatria em particular, são efectivamente – e não deveria ser assim! – locais para atendimento permanente de todo o tipo de situações – as emergentes e as urgentes (obviamente!), mas também para toda a plétora de doença aguda e não aguda que não deveria encontrar aí o local (às vezes único) de resolução atempada.
Ninguém beneficia com esta situação. As crianças sofrem. Os pais desesperam. E nós, profissionais de saúde, acreditem, também não nos sentimos nada confortáveis.
Cansado desta situação, exausto de uma pressão inaceitável e injusta, lá acabei por cumprir esta semana uma pausa nesta rotina semanal (às vezes bi-semanal) infernal e insustentável, apenas gratificada nas vidas que se salvam, nos sofrimentos que se aliviam e nos “obrigado” que aqui e acolá vamos recebendo.
Hoje, em Almada (e por esse país fora) sei que a generalidade dos meus colegas está a dar o melhor de si pelas crianças. As situações emergentes e urgentes serão prontamente atendidas. As outras… logo que possível.
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