segunda-feira, junho 29, 2009

Bom exemplo

O texto que Henrique Neto enviou a
Rui Tavares (www.ruitavares.net/blog)
a propósito do "Manifesto dos 28"
demonstra bem que não é sério
lançar anátemas levianos ou conotações imediatistas a todos os defendem e exercitam um pensamento livre, autónomo e independente.

Sem título


Luís Pinto-Coelho
Sem título
Banco Espírito Santo, Espanha
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domingo, junho 28, 2009

Um abraço para ti


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Caro António Cabós:
Não conversámos nas últimas semanas.
Da última vez que nos encontrámos, voltaste a manifestar a desilusão e a descrença pela evolução recente do PS - nacional e local.
Percebi que estarias de saída - na qualidade de filiado - do partido que co-fundaste no nosso Barreiro, escassos dias após aquela madrugada libertadora.
Disseste-me que, pelo menos enquanto filiado, nunca enveredarias pela crítica pública desabrida e agressiva.
Soube há alguns dias, casualmente, enquanto percorria alguns blogues, que enviaste finalmente a carta para a Sede Nacional do PS, com aviso de recepção na antevéspera das "Europeias".
Calculo que não te terá sido nada fácil.
Sobre o teu percurso politico-partidário não tenho qualquer juízo ou comentário para emitir. Mas apetece-me dizer que vejo em ti, António Cabós, um emérito cidadão barreirense, intelectualmente estimulante, civicamente avançado. E um Amigo.
Um abraço par ti,
Zé Paulo Calhau
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51 a 28


Depois dos "28" foi agora a vez do "Manifesto dos 51".
Seja bem-vindo!

Estes são - admite-se - tão sérios como os primeiros.
Igualmente preocupados com o país - assumem-no.
Reconhecidos - ambos - no meio universitário.
Sinceros nos seus diagnósticos - presume-se.
Determinados - há que reconhecê-lo - nas soluções.

Portugal precisa disto.
De confronto.
E de contraditório.

Portugal dispensa maniqueísmos.
Portugal dispensa os profetas da verdade absoluta.
Portugal dispensa os paladinos da mentira recorrente.

Na classe política, retirados uns e outros, não sobram muitos.
Sérios. Competentes. Disponíveis.
Qual o seu lugar? Qual a sua missão? Qual o seu destino?
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De Brooklyn



TWO WEEKS do recém-lançado VECKATIMEST.
Um dos dos bons álbuns pop-rock de 2009.
São os GRIZZLY BEAR.
De Brooklyn.

sábado, junho 27, 2009

Porquê?

Parece que voltou a mentir.

Já poucos acreditarão.

É o descrédito.

Total. Final.

Porque não vai... embora?

Esta gente...


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"Esta gente é um nojo".
Disse ele. Ontem. Na SIC Notícias.
Em conversa com Mário Crespo.
Cada vez mais descrente de quase todos (os políticos).
Ele. Mas também eu!
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Brotas



Sábado.
Tarde de Verão.
Alentejo profundo.
A distância de outrora é agora diferente.
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Percorri os jornais cuja consulta diária não dispenso.
Ouvi a "Hora do Bolo" e os "Discos Voadores" na RADAR.
Visitei o ROSTOS.
Revi a tese com o meu mestrando.
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Bendita sejas. Internet.
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quinta-feira, junho 25, 2009

Homónimos


"Janelas Coloridas"
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Este é fotógrafo.
Gosto do trabalho de Paulo Calhau.
Não sou expert na matéria.
Mas o filtro flood utilizado parece bem conseguido.
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A mentira da verdade


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A insistência com que o PSD de Manuela Ferreira Leite vem falando de "Política de Verdade" incopora - ou pode incorporar - dificuldades, distorções, entorses ao pensamento democrático, aspecto que o professor universitário João Cardoso Rosas desmontou de forma inteligente, honesta e certeira no i de hoje.
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Dois excertos:
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... A história das ideias mostra que aqueles que reivindicaram a totalidade da verdade foram sempre contra a democracia. O nazi-fascismo considerava deter uma verdade incontestável sobre a pureza rácica e a consequente autorização para o genocídio. O socialismo científico considerava-se autorizado a exercer todas as violências contra aqueles que se atravessassem no caminho do processo histórico que levaria à sociedade comunista. Trata-se de dois casos extremos e não equiparáveis ao do PSD de Ferreira Leite, como é óbvio. No entanto, precisamente pelo seu extremismo, estes casos mostram com especial clareza a perversidade da reivindicação do monopólio da verdade.
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... Em suma: uma estratégia consequente com o respeito pela verdade empírica e pelo pluralismo democrático consiste em ser sério na discussão dos factos e em apresentar projectos alternativos aos dos adversários - mas não em atribuir-se a si mesmo a totalidade da verdade, empírica ou política. Reivindicar o monopólio da verdade equivale, em última instância, a mentir sobre o carácter intrinsecamente argumentativo e pluralista da democracia.
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Pode ler o texto na íntegra em
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The answer...



Também ele era, então, uma voz livre

Direito de resposta



O Sr. João Veiga respondeu no ROSTOS www.rostos.pt/ ao meu texto "Visto do alto da Torre".
Como é facilmente admissível, muitos dos leitores deste blogue não têm contacto regular ROSTOS, pelo que julgo da mais elementar justiça que as suas palavras também aqui tenham espaço.
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Carta ao Director - Direito de Reposta
Resposta ao artigo de Paulo Calhau
De acordo com o direito de resposta que a Lei me confere, venho defender o meu bom nome, mencionado na crónica publicada no dia 21 de Junho e assinada pelo Sr. Paulo Calhau, intitulada de "DESPORTO À PORTUGUESA - Visto do alto da Torre”.
Neste artigo é feita uma referência à minha pessoa e que passo a destacar:“…Outro, por sinal oriundo da nossa cidade, voltou a prejudicar o FC Barreirense. Como já observei tantas e tantas vezes. O Sr. João Veiga não gosta do FC Barreirense. Está no seu direito. Mas não tem o direito de nos prejudicar - recorrentemente. Parece estar bem relacionado no meio arbitral. Tanto melhor para ele. Tanto pior para o meu clube. Até quando?"
Assim, na sequência destas ofensivas acusações, cabe-me responder o seguinte:
Apesar de ter nascido em Lisboa, considero-me Barreirense, pois foi nesta cidade que cresci e fiz grande parte da minha vida. Vesti a camisola do Futebol Clube Barreirense, facto que muito me honrou, e foi o clube onde comecei a dar os primeiros passos no basquetebol. Tenho muito orgulho no meu passado e admiro todos os clubes pelo trabalho meritório que fazem e o FC Barreirense é um deles, nomeadamente no basquetebol. No exercício da actividade de árbitro, ao longo de 18 anos, 9 dos quais no patamar mais elevado da arbitragem nacional, tenho pautado a minha acção com respeito pelos restantes intervenientes do jogo e por desenvolver as capacidades que um árbitro deve possuir. Graças a esse trabalho e muita dedicação sou o único árbitro Setubalense que actua na competição máxima em Portugal, a Liga Portuguesa de Basquetebol.
Relaciono-me com todas as pessoas do basquetebol, e apesar de ser árbitro, tenho muitas amizades espalhadas na modalidade e algumas delas com pessoas que usam ao peito o emblema do FC Barreirense.
Exerço a referida função com gosto e todos os jogos são encarados de forma séria e respeitosa para com os praticantes e treinadores, seja de que clube for e de que escalão ou sexo, porque no meu desempenho como árbitro tenho obrigação de actuar para que todos sejam tratados de igual forma e para que o vencedor seja justo e merecido.
No Torneio Nacional de Sub-14 a que se refere o Sr. Paulo Calhau, actuei em 4 jogos, e em 2 participou a equipa do FC Barreirense, tendo em um deles vencido o FC Porto por 7 pontos e no outro perdido por 3 pontos com a equipa que viria a sagra-se campeã nacional, o Ginásio, que saiu invicto da Torre da Marinha. Certamente existiram erros por parte da equipa de arbitragem, pelos quais nenhum juiz se orgulha, mas que resultaram da análise imediata das acções do jogo e não de uma suposta intenção para que assim fosse.
Neste contexto, não entendo o facto de se colocar a atenção no árbitro, ainda por cima generalizar a actuação no mesmo classificando-a de “recorrente”.
O FC Barreirense necessita mais dessa atenção do que eu.
Como agente activo no desporto, pugno pelas boas práticas e pela justiça da competição desportiva. Não abdico da defesa do jogo em benefício de interesses particulares!
Certamente o autor da crónica terá as suas razões para manifestar tal opinião, que respeito, mas que nunca podem colocar em causa a abnegação que ponho nas coisas que faço.
É desta forma que sou e continuarei a ser árbitro de basquetebol!
João Veiga
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Como tenho toda a legitimidade e liberdade para exprimir as minhas opiniões, respondi ao Sr. João Veiga da seguinte forma:
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Efectivamente "o autor da crónica terá as suas razões para manifestar tal opinião".
Se não as tivesse, e se não as sentisse como legítimas, não as teria expresso, com clareza e frontalidade.
Eu escrevi e assumi, com rosto e com nome, aquilo que muitos observam recorrentemente, mas que razões e compromissos vários impedem de expressar livremente.
Argumentar que o meu clube até ganhou ao FC Porto por 7 pontos para pôr em causa a justeza das minhas palavras é um… não argumento. Aqueles que acompanham de perto o fenómeno desportivo sabem bem que assim é.
Melhor seria que no futuro, e dentro das quatro linhas, o Sr. João Veiga demonstrasse que não tenho razão. As minhas palavras deixariam então de fazer qualquer sentido. Até lá…
Paulo Calhau
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segunda-feira, junho 22, 2009

Anagrama



NICO.
Christa Paffgen (Colónia, 16/10/1938 - Ibiza, 18/7/1988).
O pseudónimo é um anagrama de ICON (ícone).
Atribuído por Andy Warhol.
Foi o grande nome dos Velvet Underground. Mas não só.
Na semana passada ouvi-a na RADAR.
"The Fairest of the Seasons" do Álbum Chelsea Girl.
Corri a comprar o CD.
Não quis acreditar no ano de publicação - 1967.
Fantástico!
De facto, a intemporalidade acompanha a grande música.
Concordam?
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Porque hoje é segunda...



domingo, junho 21, 2009

Visto do alto da Torre



«Na Holanda, quando pelo Ajax, ganhava ao Feyenoord, davam-me os parabéns. Em Espanha, quando, no Barcelona, ganhava ao Real Madrid, diziam-me … obrigado!»
Declaração de Johan Cruyff, reproduzida por Luís Freitas Lobo na edição de ontem do semanário EXPRESSO

TORRE DA MARINHA
Faz hoje uma semana que aí se disputou a fase final do Campeonato Nacional de Basquetebol - escalão de sub-14 anos.
Presentes cinco equipas: FC Porto, Ginásio Clube Figueirense, Seixal FC, FC Barreirense e União Sportiva (representante da Região Autónoma dos Açores).
Ausente desta “Final a 6” a equipa da Madeira. Lamenta-se esta ausência. A falta de apoios financeiros para a deslocação ao continente privou um conjunto de jovens de um prémio certamente merecido e de uma experiência porventura inesquecível.
O Governo Regional da Madeira apoia o desporto profissional “madeirense” com verbas enormes, obscenas. Suporta gastos desmesurados com o futebol do Marítimo e do Nacional, mas também com outras equipas profissionais de futebol e de outras modalidades.
Compreende-se mal que num “oceano” financeiro tão vasto, a “gota de água” que representaria a deslocação ao concelho do Seixal do Clube Amigos do Basket tenha sido tão maltratada. Não dá votos, pois não? Não mergulha nos jogos de interesse político-partidários locais, pois não?
Parece que gente pouco recomendável dirige e protagoniza o desporto profissional madeirense. Alberto João Jardim não deve estar muito preocupado com isso. É gente “sua”. Tanto que ele gosta disso…

GINÁSIO FIGUEIRENSE
O vencedor.
Não é um clube muito presente nestas fases finais. Não tem um projecto formativo muito forte. Não assenta a sua equipa sénior profissional num número minimamente significativo de atletas oriundos da formação. E a “promessa” Bento Cardoso tarda em afirmar-se.
Desta vez teve um estratega de jogo preponderante - Pedro Marques. De muita qualidade. Individualista, mas desiquilibrador. E decisivo.
No banco, um líder. Luís Dionísio. Calmo, sereno e disciplinado. Como gosto de ver. Velha glória do clube, que após a Revolução de Abril veio de Moçambique para Portugal. Como tantos outros jogadores de eleição. Quem não recorda com saudade os nomes de Carlos Lisboa, Eustácio, Mário Albuquerque, Nelson Serra e Rui Pinheiro? Para só citar alguns. Eles acrescentaram inequívoca qualidade ao basquetebol “metropolitano”.

BARREIRENSE BASKET
Classificado em 3º lugar. Duas vitórias e igual número de derrotas, tal como o Seixal FC e o FC Porto.
Boa participação. Disseram-me que a equipa teve um percurso evolutivo magnífico desde o início da época. Disseram-me também que os seus responsáveis técnicos António Raminhos e Luís Oliveira ficaram particularmente orgulhosos com o trabalho desenvolvido e com a progressão individual e colectiva dos “seus meninos”.
Num balanço final à época, e relevando apenas os resultados desportivos, há que dizer que o Barreirense Basket esteve em muito bom plano: 6º lugar na Liga Portuguesa de Basquetebol e semi-finalista da Taça de Portugal - escalão sénior. Único clube presente nas quatro fases finais dos escalões masculinos de formação - campeão nacional de sub-20, 2º classificado em sub-18 e 3º classificado em sub-16 e sub-14. Parabéns! 

RICARDO SAMPAIO
Conheci-o com escassos dias de vida. Esteve internado no Serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta. Acompanhei-o durante muitos anos em consulta.
Mais tarde soube que o Ricardo, já atleta de minibasket do FC Barreirense, residindo em Palmela e deslocando-se ao Barreiro expressamente para treinar, era filho de um dos irmãos Sampaio que eu vira jogar no velho Ginásio-Sede do FC Barreirense, em representação do Sport Algés e Dafundo, um histórico do basquetebol português.
Acontece que o Ricardo, estudando agora num colégio da capital, é ainda hoje atleta do FC Barreirense. Vi-o na fase final da Torre da Marinha. Estive com sua mãe, indefectível apoiante de um clube que lhe diz muito, nomeadamente pelo que tem representado para o crescimento cívico e desportivo de seu filho. É bonito, não é?

PAVILHÃO DA TORRE DA MARINHA
Localização contra-natura. Estrutura magnífica. Polivalente.
Já o conhecia, desde o momento em que organizei um dia de convívio lúdico e desportivo com crianças afectadas por spina bífida e que são acompanhadas no Núcleo de Spina Bífida do hospital onde exerço a minha actividade profissional desde o já longínquo ano de 1991.
Recordo que falei então com um dos responsáveis pelo pavilhão. Coloquei-lhe algumas questões mais técnico-financeiras. O meu interlocutor inquiriu-me do porquê do meu interesse. Respondi-lhe que o meu clube sonhava construir um pavilhão desportivo e que eu integraria uma comissão criada expressamente para esse efeito. Sabem para que aspecto me alertou muito em particular? Para os elevadíssimos custos de manutenção daquela obra de propriedade municipal mas com gestão partilhada com o Independente Futebol Clube Torreense. Para reflectir…

SOPRADOR
Um bom amigo designa os árbitros de basquetebol com este epíteto sempre que a sua prestação lhe merece reparos. Também ele exerceu actividade em tempos já distantes. Sabe do que fala.
Na Torre da Marinha, nem tudo correu bem com a arbitragem. Um dos “sopradores” chegou a ter gestos obscenos para a bancada onde se situavam adeptos do Seixal FC. Lamentável!
Outro, por sinal oriundo da nossa cidade, voltou a prejudicar o FC Barreirense. Como já observei tantas e tantas vezes. O Sr. João Veiga não gosta do FC Barreirense. Está no seu direito. Mas não tem o direito de nos prejudicar - recorrentemente. Parece estar bem relacionado no meio arbitral. Tanto melhor para ele. Tanto pior para o meu clube. Até quando?

DISCIPLINA
Sempre presente por parte dos atletas nos jogos que presenciei. São, quase sempre, a parte mais sã do fenómeno desportivo, sobretudo a este nível etário.
Já o mesmo não se pode dizer da atitude grosseira, insultuosa e provocadora de alguns pais. Vi algumas caras já conhecidas - por más razões - oriundas da outra margem do afluente do Tejo que nos banha. É pena. Não prestigia o desporto, não dignifica o emblema que assumem com tanta e tão perversa paixão. Problema deles. Mas também de todos nós…

[Texto publicado em Rostos Online, www.rostos.pt]
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quinta-feira, junho 18, 2009

Eu sei lá

Pode alguém ser quem não é?


Metamorphosis of Narcissus
Salvador Dali (1937)
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Parece que José Sócrates quis mudar.
Mostrar que está diferente.
Ou, pelo menos, parecer diferente.

É tarde.
Despropositado.
E inútil.

Os portugueses estão fartos dele.
Os que não foram às urnas - imensos.
Quem não votou PS - muita gente.
E, especulo, uma parcela do seu eleitorado de 7 de Junho.

Sobram poucos.
Ou, dito de outra forma, não restam muitos.
Uns por convicção. Outros por carreirismo político.

O debate intra-partidário foi - ao que parece - secando.
O espaço para a crítica foi - dizem - minguando.
O pântano foi - admito - crescendo.

Já se terá visto um cenário semelhante noutros tempos.
Com outros actores.
Do PS como do PSD.
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Houve Congresso em Fevereiro? Houve.
Para reflectir? Para corrigir? Não parece.
Então... serviu para quê? Para nada, ou muito pouco.
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Erros na governação? Haverão sempre.
Tendência para o autismo? Também.
Temor pela crítica? Ai, ai.
Agressividade e intolerância? Depende.
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assessores de imagem? Sim.
Comissões políticas? Obviamente.
Tácticas e estratégias colegiais? Não sei.
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Muitos calaram? Foi pena.
Pensam mais neles que no seu partido.
Esperam pela sua vez.
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Outros objectaram? É verdade.
Mas que significam? Que mais-valia representam?
Hum...
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Agora é tarde.
Metamorfose no estilo? Soa a falso.
Remodelação governamental? Seria patético.
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Resta ao PS uma só via...
Dramatizar!
Contra a ameaça da ingovernabilidade.
Contra os perigos de certa esquerda.
Contra...
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O resultado? Uma incógnita.
Às vezes dá.
Outras vezes não.
Creio que é esta hipótese que vai ocorrer em Outubro.
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domingo, junho 14, 2009

Aliança ressuscitada?

«... admito que uma coligação pós-eleitoral PSD-CDS/PP seria a solução politicamente mais consistente em termos de coesão e estabilidade governativa, numa perspectiva de um governo para uma legislatura.»
(excerto de post aqui publicado em 8 de Junho)
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A questão da estabilidade governativa não me é, de todo, secundária. Bem pelo contrário.
Receio que em Outubro próximo venha a ser difícil constituir um governo maioritário, assente numa plataforma de entendimento razoavelmente coerente e consistente.
Não me revejo politica nem ideologicamente numa solução que de alguma forma ressuscite, ainda que com novos matizes, a Aliança Democrática que se ergueu há 30 anos sob o impulso de Francisco Sá Carneiro, Diogo Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Teles.
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As palavras que redigi na ressaca eleitoral das "europeias" não pretenderam obviamente colocar-me numa qualquer perspectiva de apoio a essa eventual solução. Mas não escondo que a sua viabilidade me parece agora mais forte, passados que estão escassos dias.
Como seria de esperar, o PCP veio reafirmar posições já sobejamente conhecidas, ódios antigos, sectarismos bolorentos. E o Bloco de Esquerda, pela voz de Francisco Louçã, rapidamente esclareceu que se está a preparar para governar. Não sendo com o PS, como ficou bem claro na conversa com Ana Sá lopes ao diário i, não se percebe com quem será e muito menos quando será.
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A entrevista de hoje de Paulo Rangel ao DN, onde se aborda com simpatia uma coligação pós-eleitoral PSD-CDS/PP - embora com a reserva de ser uma posição individual do entrevistado (será apenas isso?) - vem de alguma forma "clarificar as águas".
E vem fazê-lo de uma forma que me parece muito importante. Porque o eleitorado saberá antecipadamente que, em caso de maioria parlamentar, os dois partidos do centro-direita estarão disponíveis e empenhados numa solução governativa para Portugal. E, também, porque poderá constituir-se como um importante factor decisório para um grupo de eleitores que não sei quantificar - mas que julgo muito expressivo -, que não tem qualquer ligação "sentimental" profunda com o PS ou o PSD, que já votou - e voltará a fazê-lo - em qualquer um destes dois partidos.
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A perspectiva de uma nova "Aliança Democrática" não deixará de constituir - juntando-se a tantas outras - mais uma dor de cabeça para o PS.
Como conseguirá José Sócrates enfrentar e afrontar aquela "ameaça"? Que estratégia será utilizada pela direcção do PS?
Julgo que será um combate muito difícil, de desfecho incerto. Tentarei explicar, mais tarde, porque o entendo assim.
Bom resto de domingo. E boa semana.
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sábado, junho 13, 2009

Viver, viver, viver



Os amigos - HUMANOS - não se esqueceram dele.
António Variações
(3 de Dezembro de 1944 - 13 de Junho de 1984),

sexta-feira, junho 12, 2009

Jamais


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Obrigado Ana Sá Lopes!
Finalmente a entrevista. Com o grande educador Louçã.
Hoje. No i.
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A habitual inteligência. O verbo fácil.
A soberba do costume. As certezas de sempre.
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Portugal fora da NATO. Nacionalizações.
Coligações com o PS? Jamais.
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Então...
Asunto encerrado. Não se fala mais disso.
Com ou sem Sócrates. Perdão: com Alegre... talvez.
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