quinta-feira, junho 25, 2009

Direito de resposta



O Sr. João Veiga respondeu no ROSTOS www.rostos.pt/ ao meu texto "Visto do alto da Torre".
Como é facilmente admissível, muitos dos leitores deste blogue não têm contacto regular ROSTOS, pelo que julgo da mais elementar justiça que as suas palavras também aqui tenham espaço.
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Carta ao Director - Direito de Reposta
Resposta ao artigo de Paulo Calhau
De acordo com o direito de resposta que a Lei me confere, venho defender o meu bom nome, mencionado na crónica publicada no dia 21 de Junho e assinada pelo Sr. Paulo Calhau, intitulada de "DESPORTO À PORTUGUESA - Visto do alto da Torre”.
Neste artigo é feita uma referência à minha pessoa e que passo a destacar:“…Outro, por sinal oriundo da nossa cidade, voltou a prejudicar o FC Barreirense. Como já observei tantas e tantas vezes. O Sr. João Veiga não gosta do FC Barreirense. Está no seu direito. Mas não tem o direito de nos prejudicar - recorrentemente. Parece estar bem relacionado no meio arbitral. Tanto melhor para ele. Tanto pior para o meu clube. Até quando?"
Assim, na sequência destas ofensivas acusações, cabe-me responder o seguinte:
Apesar de ter nascido em Lisboa, considero-me Barreirense, pois foi nesta cidade que cresci e fiz grande parte da minha vida. Vesti a camisola do Futebol Clube Barreirense, facto que muito me honrou, e foi o clube onde comecei a dar os primeiros passos no basquetebol. Tenho muito orgulho no meu passado e admiro todos os clubes pelo trabalho meritório que fazem e o FC Barreirense é um deles, nomeadamente no basquetebol. No exercício da actividade de árbitro, ao longo de 18 anos, 9 dos quais no patamar mais elevado da arbitragem nacional, tenho pautado a minha acção com respeito pelos restantes intervenientes do jogo e por desenvolver as capacidades que um árbitro deve possuir. Graças a esse trabalho e muita dedicação sou o único árbitro Setubalense que actua na competição máxima em Portugal, a Liga Portuguesa de Basquetebol.
Relaciono-me com todas as pessoas do basquetebol, e apesar de ser árbitro, tenho muitas amizades espalhadas na modalidade e algumas delas com pessoas que usam ao peito o emblema do FC Barreirense.
Exerço a referida função com gosto e todos os jogos são encarados de forma séria e respeitosa para com os praticantes e treinadores, seja de que clube for e de que escalão ou sexo, porque no meu desempenho como árbitro tenho obrigação de actuar para que todos sejam tratados de igual forma e para que o vencedor seja justo e merecido.
No Torneio Nacional de Sub-14 a que se refere o Sr. Paulo Calhau, actuei em 4 jogos, e em 2 participou a equipa do FC Barreirense, tendo em um deles vencido o FC Porto por 7 pontos e no outro perdido por 3 pontos com a equipa que viria a sagra-se campeã nacional, o Ginásio, que saiu invicto da Torre da Marinha. Certamente existiram erros por parte da equipa de arbitragem, pelos quais nenhum juiz se orgulha, mas que resultaram da análise imediata das acções do jogo e não de uma suposta intenção para que assim fosse.
Neste contexto, não entendo o facto de se colocar a atenção no árbitro, ainda por cima generalizar a actuação no mesmo classificando-a de “recorrente”.
O FC Barreirense necessita mais dessa atenção do que eu.
Como agente activo no desporto, pugno pelas boas práticas e pela justiça da competição desportiva. Não abdico da defesa do jogo em benefício de interesses particulares!
Certamente o autor da crónica terá as suas razões para manifestar tal opinião, que respeito, mas que nunca podem colocar em causa a abnegação que ponho nas coisas que faço.
É desta forma que sou e continuarei a ser árbitro de basquetebol!
João Veiga
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Como tenho toda a legitimidade e liberdade para exprimir as minhas opiniões, respondi ao Sr. João Veiga da seguinte forma:
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Efectivamente "o autor da crónica terá as suas razões para manifestar tal opinião".
Se não as tivesse, e se não as sentisse como legítimas, não as teria expresso, com clareza e frontalidade.
Eu escrevi e assumi, com rosto e com nome, aquilo que muitos observam recorrentemente, mas que razões e compromissos vários impedem de expressar livremente.
Argumentar que o meu clube até ganhou ao FC Porto por 7 pontos para pôr em causa a justeza das minhas palavras é um… não argumento. Aqueles que acompanham de perto o fenómeno desportivo sabem bem que assim é.
Melhor seria que no futuro, e dentro das quatro linhas, o Sr. João Veiga demonstrasse que não tenho razão. As minhas palavras deixariam então de fazer qualquer sentido. Até lá…
Paulo Calhau
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