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Caro António Cabós:
Não conversámos nas últimas semanas.
Da última vez que nos encontrámos, voltaste a manifestar a desilusão e a descrença pela evolução recente do PS - nacional e local.
Percebi que estarias de saída - na qualidade de filiado - do partido que co-fundaste no nosso Barreiro, escassos dias após aquela madrugada libertadora.
Disseste-me que, pelo menos enquanto filiado, nunca enveredarias pela crítica pública desabrida e agressiva.
Soube há alguns dias, casualmente, enquanto percorria alguns blogues, que enviaste finalmente a carta para a Sede Nacional do PS, com aviso de recepção na antevéspera das "Europeias".
Calculo que não te terá sido nada fácil.
Sobre o teu percurso politico-partidário não tenho qualquer juízo ou comentário para emitir. Mas apetece-me dizer que vejo em ti, António Cabós, um emérito cidadão barreirense, intelectualmente estimulante, civicamente avançado. E um Amigo.
Um abraço par ti,
Zé Paulo Calhau
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