segunda-feira, janeiro 05, 2009

Coisas que eu li (II)


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“O concurso [os maiores russos da história] mostra que a Rússia continua dividida entre o desejo de uma “normalidade” europeia e o Império, a que nunca renunciará ou pode algum dia renunciar. Infelizmente, e apesar das fantasias de há 15 anos, não existe maneira de transformar uma potência asiática num país democrático e ordeiro do Ocidente.”
(VASCO PULIDO VALENTE. “A divisão da Rússia”. PÚBLICO, 2 de Janeiro de 2009)

“Não me interessa muito o chamado jogo político, mas interessa-me bastante a política. E houve poucas semanas com tanta política como esta em que acabou 2008 e começou 2009.”
(HENRIQUE MONTEIRO. “A política para lá do jogo político”. EXPRESSO, 3 de Janeiro de 2009)

“Não sei se um bom pai não deve começar a preparar os filhos para emigrarem, quando chegarem à idade de entrada no mercado de trabalho. Assim, quando vierem de visita à pátria, poderão usufruir dos aeroportos, TGV e auto-estradas, sem terem de se matar a trabalhar para as pagar.”
(MIGUEL SOUSA TAVARES. “2009: O ano de todos os perigos. EXPRESSO, 3 de Janeiro de 2009)

“A forma petulante como os partidos pisam princípios constitucionais básicos diz quase tudo sobre a vulgaridade das pessoas que habitam dentro das carapaças partidárias. E esta gente ainda tem a distinta lata de chamar ´rasca` à minha geração. Vós, ó petulantes senhores do regime, é que sois a verdadeira geração ´rasca`.”
(HENRIQUE RAPOSO. “A geração rasca”. EXPRESSO, 3 de Janeiro de 2009)

“(…) creio que chegou a hora de olhar para a disciplina partidária de forma dessacralizada: reservando-a para as promessas eleitorais, o Orçamento e as moções de censura e de confiança. A questão é que, pelas reacções, algumas direcções partidárias parecem não querer ceder poder algum.”
(ANDRÉ FREIRE. “As virtudes do voto preferencial”. PÚBLICO, 5 de Janeiro de 2009)
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