sábado, janeiro 03, 2009

Good bye, forever



"East Germany, the year 1989: A young man protests against the regime. His mother watches the police arresting him and suffers a heart attack and falls into a coma. Some months later, the GDR does not exist anymore and the mother awakes. Since she has to avoid every excitement, the son tries to set up the GDR again for her in their flat. But the world has changed a lot... "
(sinopse de Good Bye Lenin).

Devem ter passado uns cinco anos desde que vi o excelente filme de Wolfgang Becker.
Voltei a lembrar-me dele esta semana, ao ver - pela terceira vez - A Insustentável Leveza do Ser, de Philip Kaufman, baseado na obra homónima de Milan Kundera.

Curiosamente, na semana que agora finda, tive mais dois "contactos de primeiro grau" - esclarecedores e aterradores, com quase sempre acontece - com o universo comunista.
Aconteceu com a leitura de Caminhos da Revolução - excelente reportagem de Cristina Margato (texto) e João Pina (fotografia) no Expresso de 27 de Dezembro.
E foi a leitura de Trotskismos - de Daniel Bensaid, professor de filosofia na Universidade de Paris VIII Saint-Denis e membro da direcção da LCR, velha organização trotskista francesa.

No primeiro de Janeiro deste novo ano, no discurso comemorativo do cinquentenário da Revolução Cubana, Raul Castro garantiu que o regime socialista não foi um fracasso.
Faz lembrar aqueles treinadores de futebol na corda-bamba, a quem os presidentes vêem dar um "voto de confiança", premonitório da (quase sempre) inevitável "chicotada".
Com uma pequena-grande diferença...
É que no caso de Cuba (e das remanescentes ditaduras comunistas) será o Povo a libertar-se das amarras dos velhos totalitarismos, que a História condenou e continuará a condenar. Mesmo apesar do esforço, da ilusão e do embuste dos seus devotados herdeiros.
aa