sábado, novembro 15, 2008

Custe o que custar...


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The King´ Fung - organização britânica sedeada em Londres - promoveu na semana que agora se conclui mais uma auditoria ao Hospital Garcia de Orta (HGO), tendo em vista a sua Acreditação de Qualidade. E ontem, ao início da tarde, promoveu a divulgação pública das conclusões preliminares.
O primeiro comentário que retiro dessa audição é o de que muito há ainda por fazer neste processo - contínuo e complexo - de melhoria de padrões organizativos e funcionais numa instituição hospitalar com a importância e a dimensão do HGO. Necessidade que presumo ser extensiva à totalidade dos organismos que integram o Serviço Nacional de Saúde.
O segundo comentário prende-se com uma conclusão expressa no texto, que realça o facto de o Conselho de Administração e a Direcção Clínica, assoberbados pela pressão de variadíssimos problemas - muitos dos quais de discutível relevância - dedicarem uma menor atenção e concentração de energias e competências para a reflexão dos problemas a resolver e das estratégias a implementar.
Os aspectos parcelares relativos à auditoria efectuada em cada Serviço do HGO serão brevemente divulgados. Também o Serviço de Pediatria será contemplado e terá de imediato que reflectir sobre os progressos registados desde a avaliação inicial - já lá vão meia dúzia de anos - e as insuficiências que ainda persistem.
O respeito pelas conclusões dos auditores deverá ser total. Mas o caminho da mudança e da transformação terá de ser trilhado por todos os profissionais que, dia após dia, acreditam no serviço público e estão dispostos a lutar por ele. Com pensamento estratégico e lideranças claras.
Não colaborei – da forma que gostaria - no processo que precedeu a auditoria do Serviço de Pediatria. Como me desgosta não ter disponibilidade para desenvolver um papel mais interventivo na formação pré e pós-graduada que ali decorre. Como me desagrada não poder dedicar mais espaço à investigação clínica.
Enredado como estou - diariamente - na resolução de “ninharias”, pouco tempo e energia me sobram para as coisas outras. Com a profundidade e a importância que o meu estadio de crescimento e as minhas qualificações profissionais poderiam eventualmente justificar.
Assim… não dá!