sexta-feira, novembro 14, 2008

Margem incerta


Do rio que tudo arrasta
se diz que é violento
Mas ninguém diz violentas
as margens que o comprimem


Bertold Brecht
(1898-1956)
a
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A concepção marxista do Homem.
Pura na essência.
Bela na aparência.
Fermento de novos totalitarismos.
Que Brecht veio a conhecer.
Dos quais nunca se distanciou.
Dos quais foi militante.

Em 1974 libertámo-nos do salazarismo/marcelismo.
Quiseram fazer-nos acreditar nos “amanhãs que cantam”.
Brecht serviu para essa cruzada de encantamento.
Só mais tarde conheci a biografia do dramaturgo alemão.
A sua cumplicidade com o comunismo.
As suas contradições.
As suas fraquezas.

Acabo de ler um texto interessante “Herói ou vilão? Bertolt Brecht e a crise de Junho de 1953” de Mark W. Clark.
Estudos Avançados – São Paulo (Maio/Agosto 2007).
Creio que merece uma visita.
Podem aceder pelo endereço
a
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142007000200016&lng=en&nrm=iso