sábado, novembro 29, 2008

Pelo SNS

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Apetece-me voltar a 3 de Fevereiro.
Dia em que escrevi em www.rostos.pt
na minha coluna AOS DOMINGOS TAMBÉM SE ESCREVE:
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Boa sorte Ana
Conheço bem a recém-empossada Ministra da Saúde do XVII Governo Constitucional, a minha amiga Ana Jorge.
Com o Professor Torrado da Silva e alguns outros pioneiros, fundámos, em Dezembro de 1991, o Serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta. E fizémo-lo crescer, desenvolver-se, tornar-se um dos melhores Serviços de Pediatria do nosso país.
Depois da morte de Torrado da Silva, a Dra. Ana Jorge soube honrar a memória do nosso Mestre, assumindo a direcção do Serviço até à passada 3ª feira, com uma comissão intercalar de serviço (Janeiro de 1997 a Dezembro de 2000) na presidência da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo. E o nosso Serviço manteve a matriz humanista, a qualidade assistencial, a vocação pedagógica, a democraticidade interna, aprendidas e desenvolvidas com e por Torrado da Silva.
É com tristeza que a vejo partir, para talvez não mais voltar. Mas é com renovada esperança que acredito na sua capacidade de reformar o Serviço Nacional de Saúde. Com competência, serenidade, inteligência e persuasão. Afinal, da forma como sempre desenvolveu a sua actividade cívica e profissional, numa carreira de mais de trinta anos de sucesso curricular e de devoção à causa pública.
Boa sorte, Ana.

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Depois do 8 de Março, quando esteve comigo no lançamento de "PROVA DeVIDA - estórias e memórias do meu Barreirense", não voltei a ver a minha amiga Ana Jorge.
Acredito que os dias não lhe têm sido fáceis. Foi preciso um novo estilo de governação. Prosseguir alguns caminhos. Reinventar outros.
Acabo de ler a sua entrevista de hoje ao Expresso. Honesta na assumpção das dificuldades. Genuína na demonstração das "angústias". Convicta na importância do diálogo e do esclarecimento.
Quero acreditar que o Serviço Nacional de Saúde não morrerá. E que nós - Ana Jorge incluída -, devotados servidores da causa pública, seremos melhor recompensados pelas nossas convicções, pela nossa persistência e pela nossa dedicação... exclusiva.
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